FESTIVAL ITINERANTE

Cultura na Praça lança mostra de cinema online com filmes produzidos no Maranhão e Pará

São 10 curtas-metragens inéditos criados por moradores das comunidades visitadas pelo projeto. No Maranhão, as cidades foram Pindaré-Mirim, Bom Jesus das Selvas, Alto Alegre do Pindaré e Açailândia.

Mostra reúne filmes produzidos por moradores do Maranhão e Pará. (Foto: Divulgação)

Na última quarta-feira (19), o Cultura na Praça disponibilizou uma mostra de cinema virtual com os curtas-metragens criados durante as oficinas gratuitas de cinema, promovidas na quarta edição do projeto patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Cinco desses filmes foram roteirizados, gravados e montados por moradores dos municípios maranhenses: Pindaré-Mirim, Bom Jesus das Selvas, Alto Alegre do Pindaré e Açailândia.

As obras “Recado do Passado”, “A Casa de Katarina”, “Eu Te Amo”, “Mulheres Guerreiras”, “Rompendo o Silêncio”, foram lançadas nos meses de fevereiro e março, em sessões presenciais nos municípios onde foram criadas. Agora, elas podem ser vistas por qualquer pessoa, gratuitamente, e de qualquer lugar com acesso a internet.

“Rompendo o silêncio” é uma das produções do ‘Cultura na Praça’. (Vídeo: CulturanaPraça)

Os filmes estão disponíveis para o público no Cine Babaçu, a sala de cinema virtual do projeto que pode ser acessada pelo endereço www.culturanapraca.art.br. Além dos filmes maranhenses, o Cine Babaçu também traz cinco curtas-metragens inéditos produzidos no Maranhão. Assim, as dez novas produções se juntam às 25 obras feitas nas edições passadas do projeto, disponíveis na plataforma virtual.

Segundo o coordenador do projeto, Cris Azzi, os novos filmes são retratos dos encontros que ocorrem nas oficinas.

“Quem acessar a sala de cinema virtual do Cultura na Praça vai encontrar filmes muito diversos. Temos documentário, filmes em que a música está na centralidade da história, filme de terror e filme sobre o encontro de culturas. Essas produções são muito plurais e diferentes entre si, mas têm uma coisa em comum: elas conversam com as nossas emoções”, adianta o cineasta.

O cinema como lugar de reflexão

Em cada lugar por onde passou, o Cultura na Praça proporcionou uma experiência de imersão no mundo do cinema. Primeiro, na parte técnica, ensinando sobre cada etapa da produção audiovisual, desde o roteiro, passando pela fotografia e captação de imagem e som. Depois, incentivando os participantes a colocarem esse aprendizado em prática e a se expressarem por meio das ferramentas oferecidas pelo cinema.

Captura de filme da mostra ‘Cultura na Praça’. (Foto: Divulgação)

Foi assim que surgiram os roteiros dos dez filmes que acabam de estrear no Cine Babaçu. Um deles é “Rompendo o Silêncio”, que foi produzido durante a oficina ministrada para adolescentes e jovens da Vila Ildemar, em Açailândia.

Maria Rita Arrais, de 18 anos, que fez parte da turma, conta como foi construir todo o trabalho, partindo da proposta de um complexo diálogo entre mães e filhos.

“Nossa ideia foi mostrar uma realidade que faz parte de toda família: a importância da conversa, das orientações. Toda essa experiência foi muito rica, porque pudemos aprender coisas que não imaginei que viveria, a exemplo de entender como se faz um filme, se manuseia a câmera. Eu já tinha assistido ao canal do Cultura na Praça no YouTube mas, para mim, a experiência foi ainda melhor do que o que vi na internet. Na cidade, a exibição do filme que produzimos foi boa demais, porque movimentou nosso bairro. Espero que todos possam ver e também gostar do que fizemos”, concluiu.

O que é o projeto

Criado pela Vivas Esporte Cultura em 2017 e patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, o Cultura na Praça é um festival itinerante de cinema que já rodou cerca de 26 mil quilômetros pelo interior do Maranhão e do Pará, alcançando mais de 42 mil pessoas.

O projeto busca democratizar o acesso à cultura e fomentar a valorização do patrimônio cultural material e imaterial nos municípios beneficiados. Ele conta com o apoio do Centro Cultural Tatajuba e é realizado pela Vivas Cultura e Esporte, Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução.

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