Medida

Após ameaças de ataque, Justiça autoriza revista de alunos em escola de São Luís

O Colégio Literato informou por meio de nota que a vistoria das bolsas e pertences será realizada com cautela e descrição.

O Colégio Literato fica localizado no bairro Olho D'Água. (Foto: Reprodução)

Nesta semana, após casos de ameaça de ataque no Colégio Literato em São Luís, a Justiça autorizou o procedimento de revista de bolsas e pertences de alunos, colaboradores e visitantes na instituição.

A medida foi anunciada em nota pela escola (veja abaixo), que ressaltou ser excepcional e que será executada com cautela e discrição para preservar a intimidade dos envolvidos. O objetivo é tranquilizar as famílias, alunos e a comunidade em geral.

A escola também reafirmou seu compromisso com a qualidade de ensino e segurança e pediu aos pais que fiquem atentos ao uso das redes sociais por seus filhos.

Veja a nota na íntegra do Colégio Liberato:

Em razão dos últimos acontecimentos noticiados em rede social, com o objetivo de tranquilizar as famílias, alunos e a comunidade em geral, informamos que o Colégio Literato ingressou com ação judicial e obteve autorização judicial para promover a vistoria de pertences de alunos, colaboradores e visitantes quando achar necessário.

Ressaltamos que se trata de uma medida excepcional, autorizada judicialmente, e será executada com a indispensável discrição e cautela para que seja preservada a intimidade de nossos alunos e colaboradores.

O Colégio Literato reafirma o compromisso de mais de 40 anos com a qualidade de ensino e segurança em suas dependências. Solicitamos, também, aos pais que redobrem a atenção quanto ao uso das redes sociais de seus filhos.

Entenda o caso

O Colégio Literato acionou a Justiça após a descoberta de mensagens ameaçadoras em um dos banheiros. A primeira delas dizia “MASSACRE – 04.04.2023”, enquanto a segunda afirmava que “O MASSACRE COMEÇOU”. A escola também relatou um terceiro episódio, em que um aluno do segundo ano do ensino médio publicou no Instagram que estava “a um passo de surtar e cometer um massacre”.

Esses incidentes ganharam destaque após um ataque em uma escola em São Paulo, em 27 de março, que resultou na morte de uma professora e ferimentos em alunos e funcionários.

O pedido da escola foi analisado pelo juiz José Edílson Caridade Ribeiro, que reconheceu o “conflito de direitos” no caso, mas decidiu que a segurança dos alunos e a tranquilidade das famílias precisam ser garantidas.

Portanto, ele autorizou temporariamente a vistoria das bolsas e mochilas dos alunos, até que detectores de metal possam ser instalados para evitar essa medida excepcional. O juiz determinou que essa autorização seja submetida à análise do juízo competente e do representante do Ministério Público, após o período do plantão.

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