Conheça Longuinho: o santo que ajuda a encontrar objetos perdidos
Após ser curado, Longuinho dedicou a vida ao evangelho sendo canonizado 1000 anos após sua morte.
Nascido no século I, o santo popularmente conhecido como São Longuinho viveu na época de Jesus Cristo. Inclusive, é por aí onde sua história de vida começa a ter reconhecimento.
Após a crucificação de Cristo um soldado romano o tocou com a lança, o que fez o sangue e água derramar. Segundo a história, esse soldado centurião romano chamado Cássio ficou conhecido como ‘Longuinho‘, uma derivação de ‘Longinus’, termo latino que designa um tipo de lança romana.
O sangue derramado espirrou sobre os olhos do soldado Longuinho, que já tinha problemas de visão e estava ficando cego. Mas milagrosamente o sangue o curou, e este provavelmente foi o soldado que reconheceu Jesus como o “Verdadeiro Filho de Deus”.
Esse episódio de cura o fez desertar do exercito romano, lugar no qual tinha um posto de centurião, hoje chamado de capitão. Desde então passou a aventurar- se a espalhar o evangelho, primeiro para Cesárea e, depois na Capadócia, hoje Turquia.
Seus trabalhos de evangelização passaram a incomodar os judeus, que relataram aos sacerdotes até que chegou a Pilatos, juiz responsável pela condenação de Jesus na cruz. Assim Longuinho sofreu prisão e martírio até o fim de seus dias.
Canonização
Na época em que São Longuinho vivia por esta terra não havia o processo de canonização como existe atualmente, por esse motivo foi consagrado santo por conta do martírio relatado.
A partir das tradições e registros bíblicos, como O registro das atas dos martírios que deu origem ao Martirológio, o papa Silvestre 2º (950-1003), no ano de 999, oficializou a santidade do Santo Longuinho.
Tradição de pedir ajuda ao santo
A tradição de pedir ajuda do São Longuinho em achar objetos iniciou ainda quando ele era um soldado e vivia nas festas dos romanos, segundo historiadores ele tinha baixa estatura e por vezes encontrava coisas debaixo de mesas e devolvia para seus respectivos donos.
Mas foi no seu processo de canonização, 1000 anos após sua morte que a tradição tomou força, pois os documentos necessários para o papa Silvestre oficiar o processo de santidade foram perdidos, então pediram a São Longuinho ajuda, tempos depois os documentos foram encontrados.
Segundo a lenda, os três pulinhos foram adicionados ao longo do tempo, por conta de problemas físicos de São Longuinho.
Ajuda bem vinda
Passado de geração em geração, não é difícil encontrar quem conhece a tradição e já recebeu ajuda de São Longuinho a encontrar objetos perdidos. Pedro Henrique Flagas conta que conheceu a crença a partir de sua tia.
“Um belo dia encontro ela procurando algo e enquanto procurava ela falava assim “são longuinho são longuinho ,se vc me ajudar ‘tal coisa’ eu te dou três pulinhos”, contou Flagas.
Curioso pela forma peculiar de achar objetos o sobrinho perguntou a sua tia quem era São Longuinho e ela prontamente explicou como funcionava a tradição, tinha que pedir ajuda quando perdesse algo e o santo mostrava onde ele estava, em retribuição deveria dar três pulinhos.
O violinista conta que na hora não deu muita importância para a informação, mas um dia enquanto procurava a chave da corrente de sua bicicleta lembrou da história contada por sua tia.
“Na hora lembrei desse São Longuinho, sem fé e esperança de que ele me ajudasse, e pra minha surpresa o bendito santo me ajudou a achar. Eu todo ‘faceiro’ o retribui com os três pulinhos, e até hoje quando perco algo faço esse ritual.” relata o músico.
Ainda relatou que houve outras vezes que pediu ajuda do santo pra achar objetos, e certa vez encontrou mas não retribuiu com os pulinhos.
“Lembro que uma vez não dei os três pulinhos e passei um bom tempo sem achar as minhas coisas, acho que se não de os seus três pulinhos ele deve ficar brabo e passa um tempo sem da aquela ajudinha pra pessoa” finaliza Pedro Henrique.