Coranavírus

Casos de Covid podem estar subnotificados

No estado do Maranhão há 2.493 casos ativos da doença, 10.889 óbitos e 425.867 pessoas estão recuperadas.

(Foto: Reprodução)

Na última segunda-feira (6), o Brasil registrou 36 mortes e 35.783 casos de Covid-19 em 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No Maranhão, não foi registrado óbito nas últimas 48h, porém o número de novos casos subiu de 0 (no dia 5), para 238 no dia 6. Três dias antes, no dia 3, foram 263 novos casos.

No estado, há 2.493 casos ativos. 10.889 óbitos foram registrados em consequência do vírus e 425.867 pessoas estão recuperadas. Dos casos ativos, 2.481 estão em isolamento domiciliar, 6 internados em enfermaria, e outros 6 na UTI.

De acordo com boletim do dia 6, são 206 novos casos em São Luís, 1 em Imperatriz e 31 nas demais regiões. Nenhum óbito foi registrado nas últimas 24 horas ou registrados em dias e/ou semanas anteriores, e aguardavam resultado do exame laboratorial para Covid-19.

O atual cenário epidemiológico de alta de casos de Covid-19 pode ser ainda maior, por conta de um fato novo de difícil mensuração: o uso de autotestes para diagnóstico da doença.

Para especialistas, esse número pode estar subnotificado, uma vez que muitas pessoas acabam não procurando unidades de atendimento, ou nem mesmo fazendo teste de Covid nas redes de atendimento.

Especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmam que os kits de teste são uma ferramenta importante, mas que o modelo brasileiro de implementação não gerou um mecanismo eficaz de notificação.

De acordo com os pesquisadores, isso cria faz com que os pacientes decidam cumprir o isolamento domiciliar por conta própria, sem que o resultado seja informado às autoridades sanitárias.

A servidora pública Débora Santos, disse ter todos os sintomas gripais. Tosse, coriza, dor no corpo e dor na garganta, mas não buscou atendimento e nem fez teste. “Não sei se tive Covid ou não. Me tratei em casa, me resguardei, continuo usando máscara. Entre ir para hospital lotado e me adoecer mais, preferi ficar em casa me cuidando”, disse.

Com esses casos de infecção por Covid-19, a Grande São Luís enfrenta um aumento também nos casos de síndrome gripal causado pelo vírus Influenza, H1N1 e H3N2.

Boletim do InfoGripe divulgado pela Fiocruz indica possível início de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população adulta em diversos Estados já desde o fim de abril.

Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, a principal suspeita é a de que esse possível aumento esteja associado à covid-19. A doença tem apresentado pequeno crescimento de casos leves, mas o crescimento pode também estar associado ao eventual retorno do vírus Influenza A (gripe).

O Boletim aponta que 14 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 17. São elas: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

Onze das 27 capitais apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo até a semana 17: Belém, Boa Vista, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Rio Branco, São Luís e Vitória. Goiânia, Macapá e Palmas apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo.

Vacinação precisa ser continuada

Foto: Reprodução

A farmacologista Soraya Smaili, coordenadora do SOU Ciência diz que o cenário atual demonstra que era cedo para flexibilizar completamente o uso da máscara. A população deve voltar a se cuidar, ressalta a especialista. 

“Acabar com o uso de máscaras foi prematuro, não custava nada deixar o uso em ambientes internos. O fim do decreto de emergência sanitária também em nada ajudou. É preciso retomar o uso de máscaras e continuar a vacinação. Muita gente ainda não tomou a dose de reforço, que é fundamental para evitar a doença grave. A variante está circulando. Vamos usar a nossa máscara e evitar um problema maior”.

A Prefeitura de São Luís continua vacinando contra a Covid-19. Até o dia 10 de junho estão sendo aplicadas: a 1ª dose em crianças de 5️ a 10 anos (come e sem comorbidades ou deficiência) que ainda não vacinaram; aplicação de 2ª dose para pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a vacina da Janssen há pelo menos 2 meses; aplicação da 1ª e 2ª dose para quem tem 12 anos ou mais que ainda não vacinou ou está com a vacina atrasada; aplicação da 3ª dose para quem tem 18 ou mais e tomou a 2ª dose até o último dia 2 de fevereiro; aplicação da 4ª dose para quem tem 50 anos ou mais e profissionais de saúde com 18 anos ou mais e com intervalo mínimo de 4 meses da 3ª dose.

A vacinação nos Centros de Saúde:

  • Itapera
  • Maracanã
  • Coqueiro
  • Thalles Ribeiro
  • Santa Bárbara
  • Janaína
  • São Cristóvão
  • Anil
  • Djalma Marques
  • Genésio Ramos Filho
  • Amar
  • José Carlos Macieira
  • Clodomir Pinheiro Costa
  • Gapara
  • São Raimundo
  • Vila Embratel
  • Vila Nova
  • Yves Parga
  • Liberdade

A vacinação acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Unidades Básicas de Saúde:

  • Antônio Carlos Reis (Olímpica 1)
  • Maria Ayrecila Novochadlo (Olímpica 2)
  • Jailson Alves Viana (Olímpica 3)
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