Presidente do SET é ouvido na CPI do Transporte Público
Além de Gilson Neto, ex-secretário adjunto da SMTT também prestou esclarecimentos.
Na 5ª sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades no sistema de transporte público de São Luís, os vereadores ouviram nesta terça-feira (11) Gilson Neto, proprietário da empresa Ratrans e presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), entre agosto de 2018 e janeiro de 2022.
Além de Gilson, o então secretário adjunto da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), Israel Petrus, também prestou depoimento. A CPI analisa a licitação realizada em 2016 e os contratos concedidos aos empresários que operam o sistema de transporte público da capital.
Questionamentos
Durante a reunião, os vereadores Chico Carvalho (PSL), Álvaro Pires (PMN), Octávio Soeiro (Podemos) e Jhonatan Soares, co-vereador do Coletivo Nós (PT), apresentaram vários questionamentos aos convidados, como a manutenção dos terminais de integração, o suposto desequilíbrio financeiro do sistema, além do tamanho e condições das frotas de ônibus do sistema de transporte. Outros temas também foram tratados:
- Atuação do SET e da SMTT durante a pandemia;
- Destinação da verba arrecadada pela bilhetagem eletrônica e nas catracas de entrada dos terminais;
- Fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais por parte das empresas;
- Diálogo entre SMTT e Conselho Permanente de Usuários e Prestadores de Serviços de Transporte;
- Custos de operação do sistema.
Outros pontos em discussão foram as possíveis soluções para a problemática do transporte público, bem como a remuneração, condições de trabalho e demissão de cobradores de ônibus durante a pandemia.
Depoimentos
Questionado a respeito da responsabilidade das empresas sobre os terminais de integração de São Luís, Gilson Neto afirmou que os empresários são responsáveis apenas por aspectos relacionados à manutenção. “A manutenção é de responsabilidade das empresas, mas a propriedade é do município. A manutenção não inclui obras estruturais”, alegou.
Sobre a existência de um desequilíbrio financeiro do sistema agravado durante a pandemia de Covid-19, Israel Petrus declarou que a SMTT tomou as medidas necessárias para manter o equilíbrio da operação. “O município adequou toda a operação do sistema por causa da pandemia, equilibrou oferta e demanda. Além disso, teve também o subsídio do Governo Federal e o decréscimo no valor do combustível. Ações suficientes para manter o equilíbrio”, destacou.
Ausência
Isaías Castelo Branco, então presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, também convidado a participar da reunião, mas justificou sua ausência e solicitou adiamento de seu depoimento.
Nova reunião da CPI do Transporte acontecerá na próxima terça-feira (18), às 9h.