29 de Janeiro

Dia da Visibilidade Trans: Oportunidades no mercado de trabalho

Uma grande dificuldade para as pessoas trans é sua inserção no mercado de trabalho.

Professor Felipe Bueno, de 34 anos, está em transição de gênero desde maio de 2019 quando assumiu a identidade masculina definitivamente. (Foto: Reprodução)

Neste sábado, 29 de janeiro, comemora-se o Dia da Visibilidade Trans, data que tem como objetivo conscientização sobre a letra T da sigla LGBTQIA+, que significa travestis, transsexuais e transgêneros.

Apesar das conquistas de décadas de luta e ativismo, a transfobia, a falta de oportunidade no mercado de trabalho, a rejeição da própria família, a impunidade da violência e a constante disseminação do discurso de ódio por aqueles que deveriam proteger, continua sendo uma questão sombria, essas são as realidades da sociedade que  precisam ser constantemente enfrentadas.

Assim, em 29 de janeiro de 2004, foi instituído o Dia da Visibilidade Trans. Na ocasião, um grupo de mulheres trans, homens trans e travestis foram até Brasília para lançar o movimento “Travestis e Respeito” no Congresso Nacional. O Ato, elaborado pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, é considerado um marco na luta do Brasil contra a transfobia.

A transfobia é entendida como um conjunto de comportamentos negativos, discriminatórios ou preconceituosos contra pessoas trans. Desde então, o ato passou a representar a visibilidade das pessoas trans no país, principalmente as mais vulneráveis.

A discriminação contra pessoas trans, cuja identidade de gênero não está alinhada com seu sexo biológico, muitas vezes começa em casa e continua na escola, universidade, resultando em evasão, repetência no mercado de trabalho, falta de oportunidade e difícil inclusão.

Mas parte da história está começando a mudar, ainda que lentamente. As empresas estão cada vez mais conscientes da importância e dos benefícios de contratar pessoas trans, indo além dos estereótipos. Com o crescimento das pautas de diversidade e inclusão no mercado de trabalho, o panorama é melhor hoje do que no passado.

Ainda assim, há um longo caminho a ser percorrido para um futuro em que as pessoas trans consigam atravessar a invisibilidade e assumir um lugar na sociedade.

Uma grande dificuldade para as pessoas trans é sua inserção no mercado de trabalho. Além do preconceito social, as oportunidades para transgêneros na indústria são escassas, onde apenas pessoas com passibilidade (as características físicas das pessoas cisgênero) acabam conquistando uma vaga no mercado de trabalho sem se revelar transgênero.

Além disso, travestis e transgêneros acabam não cumprindo a exigência mínima do mercado de ter o ensino médio completo em seu currículo.

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