Cuidado com Aedes aegypti no cemitério
Especialista explica que período chuvoso aliado ao material da lembrança levada aos cemitérios criam ambiente ideal para reprodução do Aedes aegypti.
Algo simbólico que é muito comum nos cemitérios no feriado de Finados, comemorado hoje, terça-feira (2), as flores precisam de uma atenção especial por parte dos visitantes, pois podem esconder criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya.
A médica veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária, Carla Janaina Rebouças, faz um alerta para quem vai visitar os cemitérios neste feriado de Finados e pretende fazer uma homenagem aos seus entes queridos.
“No Dia de Finados muitas pessoas vão aos cemitérios com flores e vasos, uma forma de homenagear, orar, aliviar a saudade daqueles que já se foram. No entanto, vasos e flores de plástico podem esconder criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, então é preciso cuidado para não deixar a água parada. É importante que existam furos para permitir a vazão da água e utilizar pedras em seu interior para facilitar o escoamento. Lembrar de retirar o material de embrulho, pois pode permitir também um acúmulo considerável de água, o suficiente para proliferação do mosquito”, pontua.
Sobre os vasos que são fixos nos túmulos, a professora esclarece que o ideal é que tenham furos para o escoamento da água nos dias de chuva e que se coloque flores plantadas, pois assim é possível evitar o acúmulo de água. Vasos com ornamentos de plásticos devem ser evitados. De acordo com a médica veterinária, os ovos do mosquito são resistentes e podem sobreviver no ambiente por muito tempo.
“O Aedes aegypti só coloca seus ovos em água limpa, não necessariamente potável, mas obrigatoriamente com pouco material em decomposição. Por isso, é importante reforçar para a população que alguns cuidados básicos em relação aos reservatórios de água são fundamentais para o controle do vetor da dengue, evitar deixar recipientes que possam acumular água da chuva em área descoberta, eliminar pratinhos com água embaixo dos vasos de planta”, orienta.
Segundo a especialista o ovo do Aedes aegypti é resistente e pode durar até mais de um ano no ambiente, além disso, o seu ciclo e extremamente rápido.
Entre cinco e dez dias o mosquito já entra na fase adulta e começa a transmitir a doença para os seres humanos.
Para auxiliar a população a professora elencou algumas dicas:
- Retire as embalagens plásticas e as jogue no lixo;
- Não utilize os cachepôs (recipiente usado para esconder outros vasos);
- Preencha os vasos fixos com areia até a boca.