COMÉRCIO NA CAPITAL

Consumo cresce em ritmo gradual

A intenção de consumo das famílias ainda está abaixo da zona de otimismo, embora com uma variação positiva de 1,07%, no comparativo com o mês julho.

Foto: reprodução

Inflação alta, aumento no custo de produtos, serviços, alimentação, e consequentemente um consumidor mais cauteloso. De acordo com a Intenção de Consumo das Famílias de São Luís (ICF) mensurado no mês de agosto, o índice até cresce, mas a inflação dificulta o otimismo das famílias ludovicenses.

A Intenção de Consumo das Famílias de São Luís (ICF) de agosto manteve recuperação no índice geral, fechando o mês com 63,8 pontos. Mesmo abaixo da zona de otimismo (100 pontos), a pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA) e Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostra variação positiva de 1,07%, no comparativo com julho.

Na avaliação da Fecomércio, esse avanço, embora pequeno, foi incentivado principalmente, pela intenção de consumo das famílias com até 10 salários mínimos, que vêm sentindo fortemente os efeitos da inflação do período, puxada com mais força pelos grupos de Alimentação e bebidas e Transportes.

“No entanto, ressalta-se que ao longo de 2021, a intenção de consumo destas famílias melhorou 17,49% de janeiro a agosto, mas o aumento dos custos com alimentação (+3,69%) e com transportes (+12,47%) têm contribuído para a recuperação com o ‘freio de mão puxado’”, apontou o relatório.

Comparando-se com o mesmo período do ano passado, quando o país ainda atravessa uma forte onda de restrições causadas pela pandemia de Covid-19, a ICF teve um crescimento de 29,42%. “Nesta mesma época, no ano passado, sem a perspectiva de vacinação da população e os primeiros Decretos de reabertura econômica, o consumo encontrava-se levemente estagnado, situação bastante diferente do vivido atualmente”, destaca o presidente da Fecomércio-MA, José Arteiro.

A evolução do dado demonstra uma recuperação da economia maranhense da perspectiva do consumo doméstico, que possibilita reforçar uma tendência de otimismo para os próximos meses.

“O consumidor não está mais comedido, se comparado com meses anteriores ou mesmo em relação ao ano passado. O indicador mostra crescimento tanto na comparação mensal quanto na anual. De fato, o indicador ainda está situado na zona de pessimismo, apesar da recuperação gradativa registrada nos últimos meses, em função da persistência dos reflexos da pandemia e pela pressão inflacionária sobre a renda das famílias. A perspectiva é de manutenção dessa trajetória de evolução da confiança do consumidor mês a mês, ainda que em ritmo lento”, disse o Superintendente da Fecomércio-MA, Max de Medeiros.

Dia das Crianças deve aquecer comércio

Com a proximidade do dia das Crianças, quando o comércio varejista deve se aquecer, Max de Medeiros acredita que a data deve trazer um fôlego sazonal para os setores de brinquedos e vestuário.

“Até o final do ano a tendência é que o indicador esteja cada vez mais próximo da zona de otimismo e mais disseminado por outros setores comerciais”, ressalta.

Consumo atual

Na avaliação geral, o índice do ‘Nível de Consumo Atual’ cresceu 2,5 pontos percentuais, no entanto, ainda segue em situação de pessimismo com 39,3 pontos. Vale ressaltar que este índice tem se sustentado pelo consumo das famílias com renda elevada (mais de 10 salários-mínimos). Nesta categoria específica, o subindicador chegou próximo à zona de otimismo, com 80,3 pontos.

Em relação à ‘Perspectiva de Consumo’, o cenário também é de cautela. O levantamento de agosto marcou 46,2 pontos, 1,30% acima em relação ao mês anterior, e 3,06% acima do mesmo período do ano passado. A inflação continua sendo um peso na evolução dessa expectativa.

Mas a recuperação econômica local tem permitido pleitear um cenário mais esperançoso para os próximos meses, de acordo com a Fecomércio. No subindicador da ‘Situação de Emprego Atual’ a ICF aponta um ganho acumulado de 10% de janeiro a agosto de 2021, encerrando o mês com 77 pontos, desempenho igual ao de julho. A aposta para os próximos meses, de acordo com a tendência apresentada pela pesquisa, é que à medida em que o mercado de trabalho consolide uma reação, aumente também a segurança dos consumidores na estabilidade do seu emprego atual, refletindo positivamente na confiança sobre o consumo das famílias.

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