A escassez da carne de caranguejo está resultando na alta do preço, que já atingiu o patamar de 35% nas feiras e mercados de São Luís. A causa desta majoração seria pelo fato da captura dos crustáceos nas áreas de manguezais do estado, onde se registra grande fartura do caranguejo Uçá, o mais comum e mais preferido na culinária maranhense. Consta que ora se dá o período de entressafra e o caranguejo se entoca em buracos profundos, dificultando sua captura.

Com isso, outros mariscos também tem o preço elevado, visto que aumenta a procura, levando à falta dos produto nos pontos de venda. No Mercado Central, onde a carne de caranguejo (crustáceo beneficiado) custava R$ 30, está custando R$ 40 o quilo e tem dias que não se encontra. Para o vendedor Carlos Vale Silva Oliveira, que a vinte anos trabalha com a venda do produto no Mercado Central, a escassez se dá em face de estar em uma época em que os caranguejos estão em período de defeso e estarem recolhidos em buracos profundos,

Com isso o sururu beneficiado (sem casca) que custava R$ 18, está sendo vendido por R$ 20 o quilo, sendo muito procurado para substituir a carne de caranguejo, principalmente em restaurantes. O sarnambi, que tem menor valor comercial, já atingiu o preço de R$ 15.

O camarão fresco, outra opção para substituir a carne de caranguejo na preparação de tortas,  tem o seu preço variado conforme o tamanho, entre 30, 35 e 50 reais. O produto está em um período em que se registra abundância, o que pode acontecer até novembro com os preços mantidos. A  avaliação é do vendedor Ivaldo Silva Santos, há cinco anos no ramo. Ele acredita que com a aproximação das festas de fim de ano, os preços venham a ser majorados, em virtude da procura ser maior que a demanda.

Já o camarão seco está com o preço estabilizado, variando conforme o tamanho. O camarão com casca varia entre 50 e 80 reais, enquanto que o sem casca está sendo vendido  com preços que variam entre 80 e 120 reais, tratando-se  de camarão branco ou rosa da classificação G ou GG.

Para o vendedor Carlos Roberto Quadros, que há 20 anos trabalha com o produto, outro fator que influencia nos preços do camarão é a variação das marés e dos ventos, que obrigam os pescadores a se afastarem da costa para capturar o produtos em águas mais profundas, o que é considerado um complicador para os homens que vivem da pesca.