PM suspeito de assassinar médico durante festa realiza novo exame de corpo de delito
Nessa sexta-feira (30), Adonias Sadda voltou a reafirmar à Polícia Civil que o tiro disparado contra o médico Bruno Calaça, de 24 anos, foi acidental.
Nessa sexta-feira (30), Adonias Sadda, soldado da Polícia Militar (PM) suspeito de assassinar a tiro o médico Bruno Calaça Barbosa em Imperatriz, no Maranhão, passou por um novo exame de corpo de delito.
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O exame foi realizado após o PM, que está preso desde a tarde da última terça (27), apresentar uma lesão que seria decorrente de uma suposta agressão, feita por Bruno Calaça contra o soldado, momentos antes do disparo. Em novo depoimento à polícia, o PM voltou a afirmar que o tiro dado contra o médico recém-formado foi acidental.
Segundo o suspeito, Bruno Calaça teria tentado desamar ele com um chute quando, acidentalmente, o PM apertou o gatilho.
De acordo com Praxísteles Martins, delegado que investiga o caso, o PM afirmou ainda, que foi ao local da festa para tentar desamar uma pessoa. O suspeito alega que Bruno se envolveu em uma confusão com uma terceira pessoa e ao segurar a arma, ela ficou pendurada e, acidentalmente, o soldado atirou contra o médico.
Segundo Praxísteles Martins, no segundo interrogatório de Adonias Sadda “ele apresentou uma lesão e essa lesão se apresentou como uma possível decorrente de ação da vítima, no momento em que se antecedeu o disparo, justificando um suposto disparo acidental”.
Ainda de acordo com o delegado, a versão do PM está sendo contestada pelos investigadores que analisaram as imagens da câmera de segurança que registraram o crime. Pelas imagens, o médico teria tentado chutar uma terceira pessoa e não o soldado.
“Uma vez que a análise do vídeo feita pelos investigadores, se constata um lapso temporal entre o chute que seria em direção a uma terceira pessoa e o próprio disparo. Há uma distância, um lapso temporal, que na opinião leiga, não seria condizente com um disparo acidental”, disse.
Para a conclusão do inquérito ainda depende de novos depoimentos e até o momento, 10 pessoas já prestaram esclarecimentos, inclusive, Willian Calaça, irmão de Bruno, que contesta a versão apresentada pelo PM e diz não ter lógica o disparo ter sido acidental.
Segundo a polícia, outras duas pessoas, que aparecem nas imagens do momento do crime ao lado da vítima, ainda não foram ouvidas, porque ambas não foram localizadas.
A polícia afirma, ainda, que diante das evidências, outras três pessoas também estão sendo investigadas e que os detalhes sobre a motivação do crime só poderão ser esclarecidos após o fim das investigações.