Em Açailância

No Maranhão, Bolsonaro chama Flávio Dino de “gordinho ditador”

Presidente critica governador de ter contribuído para o aumento do desemprego em meio à pandemia e diz que em breve o estado “será libertado dessa praga”.

Bolsonaro presta depoimento na sede da Polícia Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro fez críticas ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), durante agenda em Açailândia (MA) na manhã desta sexta-feira (21). Segundo o mandatário, o chefe do Executivo maranhense promove uma ditadura na unidade da Federação. Bolsonaro chegou a compará-lo com o presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamando Dino de “gordinho ditador”.

“Lá na Coreia do Sul (o presidente quis se referir à Coreia do Norte) é uma ditadura. O ditador não é um gordinho? Lá na Venezuela também é uma ditadura. Não é um gordinho, lá, o ditador? E quem é o gordinho ditador aqui do

Maranhão?”, indagou o presidente. As pessoas que acompanhavam o discurso de Bolsonaro aplaudiram a declaração aos gritos de “fora, Flávio Dino”.

Bolsonaro continuou dizendo que “o comunismo não deu certo em nenhum lugar do mundo, e não vai ser no Brasil que vai dar certo”. Além disso, ele afirmou que “o estado do Maranhão brevemente será libertado dessa praga”.

“Quando se fala em partido comunista, vocês têm que ter aversão a isso e mostrar onde esse regime foi implementado. O que sobrou para o povo foi a igualdade, mas uma igualdade na miséria, na desesperança, na fome, na tristeza, na destruição de famílias e das religiões. Tudo o que não presta simboliza a palavra comunista”, ponderou o presidente.

Pandemia e quarentena

Bolsonaro ainda atacou Dino pelo fato de o governador ter estabelecido políticas de enfrentamento à pandemia da covid-19 que interromperam o funcionamento do comércio. Segundo o presidente, essas medidas “não têm qualquer comprovação científica” e apenas contribuíram para que mais pessoas perdessem o emprego durante a crise sanitária.

“Foi apenas uma demonstração de força, de que ele pode oprimir o povo, escravizar o povo, e depois dizer que estava defendendo a tua vida. Defendendo é a ponta da praia, pô. Não quer saber da vida de vocês. Querem poder para ficar na frente do governo eternamente. Isso é questão política. Nós nos conscientizamos de onde foi o erro do passado e o que temos que consertar para o futuro”.

Segundo o mandatário, o novo coronavírus “continua em parte sendo usado politicamente para atingir objetivos pessoais”. Ele defendeu que os brasileiros enfrentem a pandemia sem medo. “Tem uma passagem bíblica na qual se diz que aquele que se comporta como frouxo na hora da angústia, sua força é pequena. Nós devemos enfrentar os problemas”.

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