No dia 15 de abril, comemora-se o dia mundial do desenhista, uma data que tem como finalidade homenagear os profissionais, artistas que encantam e fascinam com seus traços e criatividade. O desenhista, que consegue ir além da sensibilidade, precisa entender sobre os sentidos de perspectiva, ângulo, profundidade, luz e sombra na hora de produzir os seus trabalhos.

O artista multifacetado maranhense Nuna Neto é prova viva da sensibilidade que vive presente no artista, vivendo da arte há mais de 30 anos, teve em sua trajetória marcada por muitas fases até chegar no artista de hoje. Sua vivencia com arte tem início na infância, ele relembra que ela começou com desenhos quando tinha três anos, onde rabisca ainda sem pretensão para a profissão, tempos mais tarde o seu tio que chama ‘Tonico’, foi primeiro a perceber o seu talento e lhe apoiar, sendo esse o começo de uma grande jornada.

“Minha trajetória com o desenho começou desde os três anos de idade, nessa época não tinha televisão na minha casa e eu ia para a porta da rua desenhar, muitas pessoas perceberam meu talento mas meu tio ‘Tonico’ foi o primeiro, ele sempre me via desenhar, um dia viu o desenho e disse que tinha muito talento”, disse o artista.

Em sua vida profissional coleciona diversos trabalhos, dos quais se orgulha bastante, entre seus trabalhos estão murais, caricaturas de artistas, charges, pinturas e por ai vai. Mas, um de seus primeiros trabalhos do qual se orgulha muito, ocorreu no anos 90, onde foi chamado para pintar um mural com diversas personalidades no Zamzibar, um bar que se localizava na litorânea. Esse trabalho foi muito importante ganhar mais visibilidade e ficasse conhecido entre as pessoas.

Desenho e tecnologia

O desenho digital tem ficado cada vez mais comum, é um meio de deixar seu trabalho já registrado na internet, utilizando mesa e prancheta digitalizadora, onde você desenha e a sua arte já fica no computador. E este foi o meio que o artista Nuna utilizou quando passou por um momento delicado.

Durante o final de 2020, o artista precisou se reinventar quando teve alguns problemas sérios de saúde, entre eles um infarto. Nesse mesmo ano, foi convidado para pintar um mural em Belém sobre a cultura do Pará. Como não podia mais trabalhar com tinta e spray, por causa dos problemas de saúde, foi nesse momento que teve que se aliar a tecnologia para realizar o projeto tão importante.

“Eu fui convidado por alguns amigos para pintar esse mural em Belém e já estava tudo pronto, entretanto no final de 2020 eu enfartei e o trabalho teve que ser modificado. Como eu tinha uma prancheta digitalizadora, utilizei ela para fazer os desenhos, esse momento tive que usar a tecnologia como uma aliada para desenvolver o projeto. Com isso, meus amigos levaram e consegui realiza-lo”, afirmou o artista Nuna Neto.

Atualmente a tecnologia continua sendo sua grande aliada para desenhar charges, caricaturas e entre muitos outros trabalhos. Nesse ano completará 31 anos de profissão, que são divididos em 10 anos atuando como chargista no jornal ‘O imparcial’, e ele afirma que, nunca deixou de desenhar em todos esses anos, até mesmo durante as adversidades, pois essa é a coisa que mais ama fazer.