Brasileiro voluntário de vacina morre por covid-19
A divulgação da ANVISA ocorreu no dia em que o presidente Bolsonaro afirmou que não fará a compra das doses da Coronavac, desenvolvida pela China
Na tarde desta quarta-feira (21), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), divulgou sobre a morte de um médico brasileiro que fazia parte do programa de voluntários para testes da vacina AstraZeneca, criada e desenvolvida pela Universidade de Oxdford, contra a Covid-19.
Ainda nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não fará a compra das doses da Coronavac, vacina desenvolvida contra a Covid-19 na China pela Sinovac.
Apesar da morte do brasileiro, a Agência não forneceu detalhes sobre a data morte e quando começou o início dos testes no paciente. A vítima morreu em decorrência às complicações da covid-19, e até o momento não há confirmação se a morte teve ou não relação com a imunização da vacina.
Ainda em pronunciamento sobre o caso, a ANVISA afirma que os dados dos voluntários devem ser preservados em sigilo em respeito e conformidade aos princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção.
Os estudos com a vacina, que está na fase final de testes, foram autorizados a prosseguirem, sugerido pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança. Com o caso, a AstraZeneca afirma não ter se pronunciado oficialmente sobre o assunto.
Iniciada em junho de 2020, os testes da AstraZeneca foram feitos com profissionais da saúde, e atualmente no Brasil 8 mil pessoas são voluntárias, número que pode chegar a 10 mil com o andamento da pesquisa.
Diante da suspeita de uma possível reação adversa em um paciente do Reino Unido em setembro de 2020, a farmacêutica AstraZeneca paralisou temporariamente os testes. Com uma análise do comitê independente de segurança, os testes foram retomados pela empresa.