DADOS DO IBGE

60,9% dos maranhenses estão em situação de insegurança alimentar

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/IBGE 2013) mostram que o Maranhão detém o maior índice

Cozinhas comunitárias que o Governo do Estado está instalando em todas as regiões do Maranhão. Foto: Honório Moreira

O Governo do Estado iniciou as obras de construção de 15 Cozinhas Comunitárias das 30 unidades que serão criadas nos municípios maranhenses com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Além dessas, outras cinco unidades de alimentação já estão com Ordem de Serviço emitida para iniciar nos próximos dias. A execução do projeto de expansão das Cozinhas Comunitárias no Maranhão é de responsabilidade da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes).

Entre os municípios, onde a construção das ‘Cozinhas Comunitárias’ já iniciaram, estão Marajá do Sena, Fernando Falcão, Serrano do Maranhão, Pedro do Rosário, Centro Novo do Maranhão, São Roberto, Satubinha, Governador Newton Belo, Conceição do Lago Açu, São João do Caru, Arame, Brejo de Areia, Lagoa Grande, São Raimundo do Doca Bezerra e Santa Filomena. Os 30 municípios contemplados pelo projeto estão inseridos no Plano de Ações ‘Mais IDH’, desenvolvido pelo Governo do Estado, por apresentarem situação de extrema pobreza, o que reflete, principalmente, na situação de insegurança alimentar e nutricional da população.

A construção das ‘Cozinhas Comunitárias’ com obras iniciadas refere-se aos lotes 1, 3 e 4, que tiveram como vencedores da licitação para execução dos serviços, o Consórcio Viamac Consent; Consórcio Geral, formado pelas empresas Viluma Engenharia, Pergola Construções, MPA Construções e Participações Ltda., Emoe Engenharia, Construtora Monarka e Delta Empreendimentos; e o Consórcio Agrasty.

Estão em processo de licitação as obras referentes ao lote de número 2, que contempla a construção de Cozinhas Comunitárias em outros sete municípios maranhenses inseridos no ‘Plano Mais IDH’, entre eles, Belágua, Primeira Cruz, Santo Amaro do Maranhão, Água Doce, Milagres do Maranhão, Araioses e Santana do Maranhão.

Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Neto Evangelista, as estruturas das novas Cozinhas Comunitárias serão utilizadas como Centros de Referência de Segurança Alimentar e Nutricional (Cresan). Com isso, além de servir alimentação adequada à população em situação de vulnerabilidade social e nutricional, serão, também, espaços para a realização de oficinas de Educação Alimentar, orientação nutricional, cursos profissionalizantes na área, entre outras atividades afins.

“As populações beneficiárias do serviço poderão usufruir plenamente do espaço não apenas para fazer suas refeições, mas também como núcleos de novos saberes nas áreas educacional, nutricional, de lazer e saúde. Com a criação dessas novas unidades alimentares, aliada aos serviços que já executamos nos 14 Restaurantes Populares já instalados em diversos municípios maranhenses, vamos avançar ainda mais na área da Segurança Alimentar e Nutricional do Estado”, afirmou Neto Evangelista.

Insegurança alimentar

Segundo o secretário, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/IBGE 2013) apontaram que 60,9% da população maranhense está em situação de insegurança alimentar e nutricional, sendo 37,1% em insegurança alimentar leve; 13,9% em insegurança alimentar moderada; e 9,8% em situação grave de insegurança alimentar. Os números apresentados pela PNAD que fazem do Maranhão detentor do maior índice de insegurança alimentar do Brasil.

Com base nessa realidade, o Governo do Maranhão instituiu o Plano de Ações ‘Mais IDH’, com o objetivo de promover ações que combatam a pobreza extrema e superem as desigualdades sociais no meio urbano e rural do Estado. “E as Cozinhas Comunitárias integram as políticas públicas para o enfrentamento dessa problemática”, enfatizou Evangelista.

As ‘Cozinhas Comunitárias’ são equipamentos públicos de alimentação e de nutrição destinados ao preparo de refeições saudáveis, balanceadas, ofertadas gratuitamente à população em situação de insegurança alimentar e nutricional. O serviço garante a esse público o direito humano à alimentação adequada, promovendo ainda a educação alimentar associada a práticas que contribuam com a redução dos transtornos alimentares, entre outros aspectos fundamentais à saúde das pessoas.

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