Roseana Sarney confirma candidatura ao governo do Maranhão em 2018
A presença de Roseana na disputa pelo governo do estado modifica significativamente o cenário político do Maranhão. A peemedebista é considerada a principal ameaça no projeto de reeleição de Flávio Dino.
O que muita gente especulava havia bastante tempo, agora foi finalmente confirmado pela ex-governadora Roseana Sarney (PMDB). Ela estará na disputa para retornar ao governo do estado. Ela deverá ser a principal rival do governador Flávio Dino (PCdoB) no pleito de 2018, o que promete esquentar ainda mais a eleição do ano que vem. Ao formalizar suas pretensões eleitorais, a ex-governadora mostrou-se confiante em “abandonar” a sua aposentadoria política.
Ela garantiu ter refletido muito sobre o assunto e, assim como demonstrava nos bastidores para lideranças do PMDB, Roseana voltou a dizer que muito da sua decisão foi motivada pelo “desejo dos maranhenses”. Em outubro ela já havia antecipado a decisão durante reunião interna com a cúpula do PMDB do Maranhão, em Brasília. E, inclusive, informou ao presidente Michel temer seu desejo de ser candidatada.
“Após muito refletir sobre o momento político do Brasil e do Maranhão, seus problemas e desafios, e entendendo o desejo dos maranhenses que reconhecem o trabalho que realizei ao longo de inúmeros mandatos que exerci, coloco o meu nome à disposição do meu partido, dos políticos, correligionários e das lideranças da sociedade civil, para construirmos juntos uma alternativa de poder a fim de disputar as próximas eleições para o governo do Maranhão”, afirmou a ex-governadora.
A presença de Roseana na disputa pelo governo do estado modifica significativamente o cenário político do Maranhão. A peemedebista é considerada a principal ameaça no projeto de reeleição de Flávio Dino.
E, como rival de Dino, ela defende que pode colocar o Maranhão no caminho do desenvolvimento por entender já ter demonstrado capacidade para isso. Este discurso é idêntico ao que Roseana empregou no mês passado ao se reunir com senadores e deputados do PMDB em Brasília. Naquele encontro, já havia uma tendência de que a ex-estava disposta a voltar ao Palácio dos Leões por estar “preocupada” com os rumos tomados pelo atual governo. “Não sou de fugir de lutas e embates. Já demonstrei minha honestidade, seriedade, experiência, equilíbrio, capacidade administrativa e liderança política. É urgente recolocar o Maranhão na trilha do desenvolvimento econômico, do emprego, de mais oportunidades e cuidado com os que mais precisam. Não aceito demagogia, oportunismo, prepotência e perseguições. O povo maranhense saberá, no momento certo, nos indicar o melhor caminho a seguir”, concluiu a ex-governadora.
Novo cenário Com a confirmação da pré-candidatura da ex-governadora Roseana Sarney, o governador Flávio Dino deverá ter pela frente, pelo menos, quatro adversários na eleição de 2018. Além de Dino e Roseana, o pleito do ano que vem deverá contar com a participação do senador Roberto Rocha (PSDB), da ex-deputada e ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (Podemos), e do ex-deputado e ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad (PRP).
No caso de Ricardo Murad, a tendência é que ele também concorra ao governo do estado, apesar dessa informação não ter sido confirmada oficialmente.
No mês passado, ele se filiou ao PRP para concorrer às eleições majoritárias do ano que vem. Mesmo assim, existe uma possibilidade de que Murad possa vir a ser vice na chapa de Roseana Sarney.
A oficialização do nome da ex-governadora significa uma importante contribuição para as pré-candidaturas do seu grupo político ao Senado. A princípio, Roseana deverá apoiar o atual senador Edison Lobão (PMDB) e o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV). Enquanto isso, segue indefinidaa situação do senador João Alberto (PMDB).
Em recente entrevista ao jornal O Imparcial, o próprio João Alberto deixou as portas abertas para concorrer a qualquer cargo no ano que vem. “Eu posso ser senador e eu posso ser tudo. Só decido ano que vem. A minha vontade é a vontade do grupo. Eu sou grupo. Eu vou seguir o que o grupo decidir, sem nenhuma rusga, sem nada”, afirmou o senador do PMDB na época.