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Maranhão é referência no uso comum do simulador

Com 25 centros compartilhados para o uso do simulador de direção em todo o estado, autoescolas encontram a saída para atender à resolução do Contran e manter o negócio com o uso de economia colaborativa.

Adriana Marques diz que a experiência com o simulador lhe dá vantagem antes de partir para aulas práticas. Foto: Honório Moreira

Desde que se tornou obrigatório no início do ano o uso do simulador de direção veicular para emissão da carteira de motorista na categoria B, as autoescolas tiveram que fazer adaptações para atender à resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O uso do simulador de direção veio permeado de muitas polêmicas, desde os custos adicionais para os futuros motoristas, o investimento a ser feito por cada autoescola, até o questionamento da eficácia da tecnologia no processo para obtenção da carteira de habilitação.

As autoescolas do Maranhão encontraram uma forma de atender decisão do Contran e fazer o uso da tecnologia do simulador de direção dentro da viabilidade financeira, sem ter que fechar as portas como muitos previam. A saída encontrada pelos Centros de Formação de Condutores (CFCs) foi o uso compartilhado dos simuladores por meio de comodato. Em 2016, apenas duas autoescolas do estado possuíam o equipamento em suas instalações. Passados mais de nove meses, o Maranhão tem agora 25 centros compartilhados para o uso do simulador de direção, cinco deles em São Luís. Os centros juntos possuem 59 simuladores, sendo 20 na capital e 39 no interior do estado.

O presidente do Sindicato dos Proprietários dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Maranhão (Sindauma), Ramir Aguiar Ribeiro, esclarece que o uso compartilhado do simulador de direção e também das estruturas veio como forma de diminuir os impactos financeiros que tornariam o negócio inviável. “O projeto foi implantado pela Federação Nacional das Autoescolas com os sindicatos estaduais. O compartilhamento das máquinas tem esse objetivo onde todas as autoescolas participam e ganham também. Os centros compartilhados ficam a disponibilidade de seus alunos”.

Segundo Aguiar, além da diminuição dos custos com os simuladores, o compartilhamento significou menos gastos com montagem de espaço e pagamento de instrutores, e também deu uma injeção de ânimo no segmento empresarial das autoescolas. “Se as autoescolas não tivessem entrado nesse projeto em forma de consórcio, e partissem para a individualidade, o investimento se tornaria muito alto. Uma máquina dessas chega a R$ 70 mil”, ressalta.

Outro fator é a economia com a estrutura e funcionamento do centro que requer auxílio de instrutores, que segundo o presidente do Sindauma, não sairia por menos de R$ 25 mil. O modelo de compartilhamento dos centros para o uso do simulador de direção com a mesma tecnologia da empresa ProSimulador tem dando certo e o estado tornou-se referência no país. “O Maranhão tem sido modelo. Os sindicatos nos procuram para mostrar como funciona. Nos estados, onde o proprietário de autoescola apostou no alto investimento, tiveram problemas mais na frente devido aos custos com estrutura e funcionários. Ao optar pelo compartilhamento os custos são menores”, assegura.

Um dos centros compartilhados para o uso do simulador de direção foi instalado na própria Sindauma, em São Luís, e conta com seis equipamentos. Para Claudionor Vilela, metalúrgico, de 43 anos, o uso do simulador oferece uma boa experiência quanto a conduzir, parar e estacionar, antes de pegar o trânsito. Em sua primeira experiência com o equipamento, a dona de casa Adriana Marques, de 31 anos, garantiu que o simulador a ajudou a conhecer os primeiros passos. “O equipamento tem certa vantagem, dá mais segurança para a primeira aula e nos prepara para as aulas no trânsito real”, completa.

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