Traumatologia e Ortopedia

Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Maranhão realizará primeira cirurgia

Idoso será o primeiro paciente cirúrgico do Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Maranhão. A estrutura da unidade conta com 44 leitos (10 UTIs) e equipamentos de alta tecnologia

Os idosos são os pa­cientes que possuem maior risco de lesões ortopédicas e os que demandam mais atenção, pois a recuperação física nesta eta­pa da vida é mais difícil, mais complicada e lenta. No Mara­nhão, eles estão inseridos no grupo que corresponde a 30% do total de internações na ala ortopédica dos hospitais.

O artesão Luís Franco de Sou­za, 72 anos, integra uma estatís­tica informal e não contabiliza­da: a dos pacientes com lesões graves e com risco de ficar com sequelas devido à longa fila de espera causada pela grande de­manda de pacientes atendidos na rede pública de saúde.

Vítima de trauma no joelho, o idoso ficou com a mobilidade dos membros inferiores comprometida durante o período em que passou na fila de espera em busca de uma unidade de referência no tratamento ortopédico. “Não posso fazer nada. Não posso trabalhar e nem sequer sair de casa sozinho”, lamenta o idoso.

O drama começou na déca­da de 70, quando sofreu uma pancada no joelho dentro de casa. Com o passar dos anos, o incômodo ficou cada vez mais intenso, até que há três anos o pesadelo começou. O diag­nóstico: desgaste da cartilagem articular. Além de sentir dor intensa na região, ele perdeu a força na perna e ficou com os movimentos limitados.

Hoje, o idoso presida do auxí­lio de duas bengalas para cami­nhar e passa maior parte do dia lidando com a dor. O outro joe­lho já apresenta alguns incômo­dos por causa da carga aplicada involuntariamente pelo artesão. Ele conta que até mesmo o sono fica comprometido. “Eu durmo na rede para ver se dói menos, mas tem dia que tá difícil. Eu viro para um lado, para o outro e não consigo dormir de dor”, contou.

Cirurgia especializada

A realidade vivida por Luís está prestes a mudar. Ele será operado pela equipe médica especializada do Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Maranhão (HTO). O procedimento acontece amanhã, dia 23.

A indicação fundamental da operação se apoia num sintoma básico: a dor. O paciente “ideal” para a cirurgia deve apresentá-la de natureza moderada ou grave em atividades normais da vida diária e, eventualmente, em repouso. A dor é crônica, progressiva e resistente a todos os métodos conservadores de tratamento.

Luís Franco será o primeiro paciente submetido à cirurgia no HTO. Ele receberá prótese de joelho ou artroplastia total do joelho. Segundo o diretor da unidade, o médico ortopedista Newton Gripp, a ideia é, em princípio, corrigir no joelho qualquer grau significativo de destruição articular, deformação e perda de mobilidade.

“É uma cirurgia de alta complexidade que envolve profissional subespecializado, equipe treinada e material de ponta. A prótese dele é uma prótese de última geração. Ele já vai sair do hospital andando com o joelho novo e sem dor”, assegurou o diretor.

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