Religiosidade

As ‘identidades’ de Maria, mãe de Jesus

Aparecida, Guadalupe, Fátima, Nazaré e tantas outras “Nossas Senhoras”. São centenas de nomes dados à Maria, mãe de Jesus, em diversos lugares do mundo.

Foto: Nossa Senhora de Aparecida

Hoje, Nossa Senhora Aparecida completa 300 anos da sua primeira aparição. Aproveitamos a ocasião especial para falarmos sobre a origem do nome da padroeira do Brasil e também para desvendar as outras ‘identidades’ de Maria. Afinal, “mais de 300 codinomes tem a virgem que recebeu a visita do Anjo Gabriel.

Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil

Em 12 de outubro de 1717, três homens pescavam nas águas do Rio Paraíba do Sul, no município de São Paulo, para homenagear a passagem de Dom Pedro de Almeida, Conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, pela cidade de Guaratinguetá.

O que parecia uma pescaria sem sucesso, revelou uma grande surpresa. A rede que até então vinha vazia, trouxe para a terra o corpo de Maria. Lançada novamente ao mar, a rede trouxe a última parte da imagem, a cabeça da santa.

Segundo relatos, após a aparição de Nossa Senhora (daí o nome Nossa Senhora Aparecida), a rede dos pescadores se encheu de peixes. Esse foi considerado o primeiro milagre da virgem santíssima.

Nossa Senhora Aparecida foi proclamada Padroeira do Brasil em 1930, sob o título de Nossa Senhora da Conceição, sendo representada pela imagem que foi encontrada nas margens do rio, no século XVIII.

Nas redondezas da aparição, foi criada uma capela para satisfazer o crescimento do fiéis. Hoje, a cidade de Aparecida recebe milhões de peregrinos que visitam o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

 

Foto: Nossa Senhora de Guadalupe

Nossa Senhora de Guadalupe – México

Um antigo documento indígena, chamado Nican Mohohua, relata a primeira aparição da Virgem para o índio Juan Diego, em 1531. Conta o relato que Juan ouviu, do alto da colina, uma voz chamar por ele. Ao subir até o local, avistou uma senhora com uma pele sobre-humana que pedia, com palavras amáveis, para que naquele local fosse criado um templo, que representaria todo o seu amor e compaixão aos moradores daquela região. Na época, os Astecas adoravam uma monstruosa deusa chamada Quetzalcoltl, a quem eram oferecidas vidas humanas queimadas.

Juan foi ao encontro do bispo, que no entanto não acreditou na sua história e pediu uma prova. Então o índio recorreu à santa, que pediu-lhe para subir a montanha e encher o poncho –  tecido indígena, também conhecido como Tilma no México – com flores.

Estava nevando, não havia flores na redondeza. Mesmo sabendo disso, Juan obedeceu. Para sua surpresa, quando chegou ao alto do monte, belas flores já lhe esperavam na região informada por Maria.

Após algumas tentativas, o Bispo atendeu Juan, que tinha seu poncho dobrado, repleto de rosas. Quando abriu a peça de roupa, as flores caíram no chão, espantando todos que no local estavam. A tilma do índio estampava uma linda imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, como Juan tinha dito.

O fato causou grande comoção em todo o povo mexicano. Logo foi construída uma grande Igreja no local indicado por Nossa Senhora e o poncho de Juan Diego com a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe impressa foi levantado para ser venerado. Em 1910 o Papa S. Pio X proclamou Nossa Senhora de Guadalupe “Padroeira da América Latina”, e em 1945, o Papa Pio XII a proclamou “Imperatriz da América Latina”.

Foto: Nossa Senhora de Fátima

Nossa Senhora de Fátima – Portugal

Em 13 de maio de 1917, três pequenos pastores identificados como Lucas, Jacinta e José disseram ter visto a Virgem Maria em uma azinheira um Cova da Iria, na época um terreno pedregoso próximo à localidade de Fátima. Segundo eles, eram uma “mulher mais brilhante que o sol”, na cidade de Fátima em Portugal.

Foram registradas seis aparições para as crianças, sempre no dia 13 de cada mês. No começo as crianças se assustaram, mas a Virgem Maria pediu para não terem medo que ela era do céu. A última aparição da Nossa Senhora.

A última pode ser vista por uma multidão de mais de 50 mil peregrinos que foram em busca da virgem santíssima de todos os cantos de Portugal. Após rezarem o terço, Nossa Senhora apareceu para eles, confirmando o milagre.

Foto: Nossa Senhora de Nazaré

Nossa Senhora de Nazaré – Brasil

A devoção à Nossa Senhora de Nazaré é amplamente divulgada por todo Brasil. Principalmente em razão do círio de Nazaré, que acontece todos os anos em Belém, no Pará.

A origem da devoção nasceu em Portugal quando, segundo a tradição, foi esculpida imagem por São José e pintada por São Lucas.

No Brasil, conta a lenda, Nossa Senhora de Nazaré foi encontrada às margens do igarapé Murucutu, no Pará, por um caboclo chamado Plácido José de Souza, em 1700. O homem levou a imagem para sua casa e, no dia seguinte, ela teria desaparecido. Segundo a lenda, Plácido tornou a pegá-la no igarapé mais duas vezes. Ela seguiu desaparecendo e sendo encontrada até que, no local, foi construída uma pequena capela.

Com o aumento da devoção por parte dos fiéis, foi construída a Basília de Nossa Senhora de Nazaré, hoje Belém do Pará.

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