Justiça

Testemunhas da morte do DJ Yago Sik são ouvidas no DF

O jovem maranhense foi assassinado na saída de uma festa em julho deste ano; 11 pessoas serão ouvidas na primeira audiência de instrução e julgamento do caso

Reprodução

Começaram a ser ouvidas, na tarde desta quinta-feira (28), as testemunhas ligadas ao caso da morte do DJ e estudante universitário Yago Sik, de 23 anos. Em julho deste ano, o maranhense foi assassinado na saída de uma festa, localizada no Conic, no Setor de Diversões Sul. De acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal 11 pessoas serão ouvidas na primeira audiência de instrução e julgamento do caso.

A primeira testemunha ouvida foi Marcela Martinelli Brandão, ex-namorada de Lucas Albo, 22 anos, assassino confesso do rapaz. O crime aconteceu em 2 de julho e dias depois, durante a confissão do crime, Lucas disse que não tinha a intenção de matar a vítima, mas “apenas dar um susto”.

Marcela, que também é considerada vítima no processo por ameaça e lesão corporal, contou que conheceu a vítima em dezembro de 2016 e que eram amigos. Sobre o relacionamento com autor dos disparos, ela relatou que, 15 dias antes do crime, ele havia sido agressivo, após ler mensagens com amigas no celular dela. “Tudo por ciúmes. Me acordou com agressões e xingamentos. Ele chegou a apontar uma arma na minha cara”, disse. Ela o definiu como uma pessoa ciumenta, mas não agressiva. Em uma crise de ciúmes, Lucas acordou a ex-namorada com agressões e xingamentos, chegando a apontar uma arma contra ela, ameaçando-a. No dia do crime, Marcela recorda que chegou junto com o ex-companheiro à festa no Conic.

Após um hora dentro do local, Lucas implicou com um amigo do casal. “Simplesmente, porque ele veio falar comigo. Com isso, pedi pra ele ir embora comigo, pois estava me fazendo passar vergonha”, relembra. Os dois seguiram para a casa do jovem, ela o deixou no quarto, pegou os pertences e voltou para a festa. “Chamei um táxi e encontrei com meus amigos. Após 20 minutos que tinha voltado, me informaram que o Lucas estava no local de novo”, disse ela no interrogatório.

Neste momento, Lucas procurou por ela a puxou pelo braço xingou, enforcou e mordeu o queixo. Os amigos em volta separaram os dois. O agressor fez gestos para Yago como fosse bater nele, mas a vítima levantou os braços e anunciou que não queria brigar. “Ainda assim, foi pra cima dele. Um dos murros pegou em Bárbara, a pessoa com quem o Yago estava em um relacionamento. Os dois foram para o chão e continuaram brigando. Um amigo nosso deu um mata leão no Lucas, que acabou ficando desacordado por alguns segundos. Quando ele levantou, os seguranças tiraram ele da festa”, comentou.

Marcela disse que decidiu ir para casa, e quando chegou lá, o ex-companheiro tinha enviado mensagens em que havia ameaças de morte a ela e a Yago. Com isso, decidiu avisar aos que ficaram na festa que Lucas voltaria para o local.

A defesa de Lucas Albo fez alguns questionamentos a Marcela. Porém, o juiz que presidiu a audiência considerou as perguntas ofensivas. Em um certo momento, o advogado foi ríspido com a testemunha. “Quem faz as perguntas sou eu, você só responde”, disparou.

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