OPINIÃO

Leia o artigo “Que venha 2017”, do jornalista Pedro Henrique Freire

No artigo “Que venha 2017”, o jornalista Pedro Henrique Freire destaca os principais desafios dos governantes no âmbito federal, estadual e municipal para este ano

Pedro Henrique Freire, jornalista

2016 acabou conforme começou: difícil. 2017 terá o início igual. A diferença está na política. Viveremos um ano de intensas articulações, mas, provavelmente, sem graves crises no horizonte – por enquanto, pois no país da Lava-Jato tudo pode acontecer. Nos três níveis (federal, estadual e municipal), há desafios enormes a serem vencidos. Principalmente na área econômica.

Federal – Michel Temer foca na economia para salvar a reputação, posicionada em níveis rasteiros. Mas depende da política. De articulação ele entende tudo. O bastante para saber que não será nada fácil aprovar as reformas estruturantes. Se conseguir, ganha força. Poderá falar grosso, mas (ainda) sem bater na mesa. Porém, até lá, terá de se distanciar da Lava-Jato, da Odebrecht e de Eduardo Cunha. Se for arremessado ao epicentro das denúncias, dificilmente conseguirá seguir em frente. Sobretudo porque o povo ainda lhe tem com desconfiança. A conferir.

Estadual – Flávio Dino conclui metade do mandato com marcos importantes. Reformou escolas, lançou concursos, reforçou contingente de policiais, asfaltou estradas. Acertou mais do que errou. Exceto pelo ‘Mais IDH’, lançado com pompa, mas apagado durante a primeira metade da gestão. Para evitar a crise, apertou a fiscalização aos contribuintes, reajustou impostos e fez o empresariado colocar a mão no bolso. Tirou muitos da zona de conforto e a grita foi geral. É o efeito colateral do remédio contra a crise.
O que falta? Uma megaobra inaugurada para chamar de sua, como fazem os ex-governadores.

Municipal – O voto de confiança foi dado pela população. Agora é com o prefeito Edivaldo Júnior e seus auxiliares. Se o primeiro mandato foi o passaporte para o segundo, o segundo é seu ingresso para a sobrevivência política. Se fizer uma boa nova gestão, manterá a confiança da população e os seus votos. Se errar mais do que acertar, difi cilmente terá cacife para alçar voos mais altos na política. Está na hora de dar uma sacudida na gestão. Impor dinâmica, criatividade e muito diálogo com a população. Por isso, precisa de mudanças que dinamizem a gestão, equilibrando as contas e gerando ações que sejam mais facilmente percebidas.
Nos três níveis, a crise econômica é o adversário a ser batido. À reboque, toda ordem de desafios, incluindo os estruturantes e, consequentemente, os políticos. Então, que venha 2017!

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