SÃO LUÍS

Av. IV Centenário apresenta problemas na estrutura

A avenida, que já está em obras desde 2012 e se encontra na fase de conclusão, tem problemas com o escoamento de água e desnível nas pontes, que podem causar graves acidentes

Reprodução

Avenida IV Centenário, que teve o nome alterado para Avenida Jackson Lago no ano passado, vai ter que passar por reparos, mesmo antes de estar com os serviços concluídos. A obra, que já se encontra em fase final, apresenta vários pontos que causam inconvenientes e podem gerar graves acidentes. O que será concluído, em março deste ano, é a obra de urbanização sob a Ponte Bandeira Tribuzi e a construção de uma Praça, na saída da Beira-Mar.
A avenida, que tem 3,8 quilômetros de extensão e duas pistas, divididas em duas faixas de rolamento, e que deveria ter ciclovia e espaço para travessia de pedestres, encontra-se com problemas em quase todas as suas pontas que têm um desnível no asfalto, em relação às cabeceiras. Esse desnível vem aumentando e deixando um obstáculo cada vez maior, fazendo com que os carros que passam saltem, gerando um risco de acidentes.
Algumas fissuras também podem ser vistas no asfalto e nas cabeceiras das pontes, onde o terreno parece ceder. O professor Eduardo Lopes diz que não pode passar muito devagar no local por medo de assaltos, mas teme um problema muito maior como a quebra de alguma peça do carro ou acidente. “Isso aqui é horrível. Se você vier rápido, corre o risco de sair voando e arrebentar a suspenção do carro. Ou você reduz para não bater, podendo ser assaltado, ou você passa de uma vez e, provavelmente, vai ter prejuízos com o seu carro”, relata Eduardo.
Outro problema que os motoristas estão tendo que enfrentar são as muitas poças de água que estão aparecendo com as chuvas. Em alguns pontos, o nível de água é tão alto que é impossível ver se existe algum buraco ou qualquer problema na via. Os motoristas precisam reduzir a velocidade e dobrar atenção para não sofrer o fenômeno de aquaplanagem.
O motoboy Jenilson Araujo reclama do risco de queda, que é muito maior em poças de água. E ainda corre o risco de levar um banho dos carros que passam ao lado. “Como é que eu faço para não me molhar? Isso aqui é um absurdo, não tem uma galeria para escoar essa água. Para quem anda de moto, tem que se molhar para passar por aqui”, reclamou Jenilson.
A reportagem tentou incessantemente contato com o Crea. Ao falar com a superintendente Rita de Cássia Cunha, ela informou apenas que o Crea é responsável somente por fiscalizar a regularidade da obra. Se existem engenheiros devidamente cadastrados e se a empresa tem registro no Crea. Quanto ao estado em que a obra está hoje ou qualquer problema de estrutura, é responsabilidade do contratante, no caso, o governo, vistoriar.

Resposta do governo
Em nota, a Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid) informou que a Avenida Jackson Lago foi implantada em área com solo predominantemente argilo e arenoso, e por isso, tornou obrigatória a realização de vários estudos para sua execução. Mesmo com o estudo e o reforço do subleito da Avenida, já era de conhecimento, à época, que os recalques secundários não seriam completamente eliminados. Sendo assim, os poucos recalques detectados demandarão reparos, os quais já estavam previstos e serão executados. As soluções possíveis são a regularização desses desníveis e construção de boca de lobo para escoamento da água, com previsão de conclusão em março deste ano. O valor para realização da empreitada é de R$ 4.201.689,16.

 

A Avenida Jackson Lago foi implantada na margem esquerda do Rio Anil. Tem 3,8km de extensão margeando toda a área de intervenção (Camboa-Alemanha), sendo duas pistas com duas faixas de rolamento cada, passeio de pedestres nos dois lados, tendo seu início na interseção com a Avenida Camboa/Ponte Bandeira Tribuzzi e o final na interseção com a Avenida dos Franceses, com acesso aos bairros da Camboa, Liberdade e Fé em Deus.

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