A vida de um artista cos­tuma fazer parte dos holofotes. Apesar disso, como qualquer pessoa, eles conseguem guardar alguns mistérios, que só são descober­tos posteriormente, quando é feita uma pesquisa mais pro­funda nessas histórias.

Estreou em junho deste ano o documentário Kurt Cobain — Montage of heck sobre o vocalista do Nirvana, morto em abril de 1994. Cinco meses depois, che­gou às lojas o disco com a trilha sonora do longa-metragem. Kurt Cobain – Montage of heck: The home recordings foi produzido por Brett Morgen, que também é o diretor da fita.

O álbum reúne gravações ca­seiras de Kurt de músicas que depois se tornariam sucesso em sua banda, como Been a son, Sa­ppy e Something in the way, além de canções que não chegaram a ser gravadas. O encarte traz es­culturas, pinturas, imagens de brinquedos e desenhos do mú­sico. Todo o material reunido foi descoberto por Morgen duran­te a criação do documentário. Muitas canções ficaram de fora do filme e foram incorporadas ao disco, que tem 31 faixas. “A trilha segue o mesmo caminho do documentário de guiar os es­pectadores pelas múltiplas di­mensões de Cobain como artista. Tem muitas músicas que foram finalizadas depois pelo Nirvana. São pinturas, esculturas, brin­quedos, anotações e materiais de fitas k7 de coisas que foram feitas durante sua vida”, diz Brett Morgen no encarte do álbum.

A trilha sonora de Amy, filme do diretor Asif Kapadia, foi lançada em 30 de outubro, mesmo período que o filme estreou, com atraso, nos cinemas brasileiros. O ma­terial apresenta 23 faixas, entre elas, apresentações ao vivo extra­ídas de shows e participações em programas de televisão, antes de Amy morrer em 2011, com faixas como Stronger than me, What is it about men (gravado no North Sea jazz festival), Tears dry on their own, Rehab (durante o Live on Jo­ols Holland) e We’re still friends (do show Live at the Union Chapel).

Diferentemente do material de Kurt Cobain que foi feito pelo dire­tor do longa, a trilha sobre a vida de Amy Winehouse teve produção do brasileiro Antonio Pinto, filho de Ziraldo e responsável por trilhas de produções cinematográficas, como Trash – A esperança vem do lixo (2014), A hospedeira (2013) e Central do Brasil (1998). São dez faixas instrumentais do brasileiro, que contam a história da cantora.

Na última semana, o filme Chi­co – Artista brasileiro, de Miguel Faria Jr, estreou nos cinemas de Brasília. O longa é um documen­tário sobre o cantor e compositor Chico Buarque. A trilha sonora traz números inéditos que aju­dam a contar a história do artista. O material foi gravado na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, com arranjos de Luiz Cláudio Ramos. Ao todo, são dez música e partici­pações de nomes da música, entre eles, Ney Matogrosso (As vitrines) e Milton Nascimento, (Sobre to­das as coisas).