Formula 1

F1 retorna ao México com dobradinha da Mercedes

Nico Rosberg venceu no México e praticamente garante o vice de 2015, mostrando eficiência com “Inês já morta”.

Rosberg vence no retorno do México ao calendário da F1
O retorno do GP do México foi uma corrida interessante. Mesmo emasculada em sua principal curva, a pista manteve sua característica principal que sempre foi a de ser um traçado que mistura a velocidade pura de Monza com uma boa sequencia de curvas de media velocidade que dão uma chance para quem tem menos potência à disposição mas tem um carro equilibrado nas mãos. A maneira como destruíram a Peraltada, escondida por um trecho de arquibancadas de um estádio de baseball por onde os carros passam, colocou algo bacana no lugar, um contato diferenciado com o público, mas poderia ser feito em outra parte da pista. Uma chicane ou “bus stop” bem fechada na tomada da curva histórica teria sido o suficiente em termos de segurança sem descaracterizar totalmente o trecho mais famoso e desafiador do autódromo Hermanos Rodriguez. No mais, a pista parece a mesma, mas um olhar mais atento revela que cada uma das curvas foi discretamente alterada, tento os seus raios diminuídos, forçando as tangências desajeitadas que costumamos ver nos projetos de Herman Tilke.
No mais, o fim das possibilidades matemáticas de alguém que não Lewis Hamilton levar o caneco em 2015 abriu as portas para uma daquelas atuações, cada vez mais raras, em que Nico Rosberg consegue fazer frente a seu companheiro de equipe. Mesmo assim, ficou a impressão de que a Mercedes evitou um combate aberto entre os dois impondo a mesma estratégia de pit stop. Hamilton questionou, mas foi obrigado a obedecer pela equipe que estava interessada em evitar que o campeão escarnecesse ainda mais da impotência de Nico. Além disso, é sempre bom mostrar quem é que manda quando um de seus funcionários começa a delirar a respeito de seu lugar na história da Formula 1 e agir como se o céu fosse o limite para as suas vontades. Conhecendo a biografia cheia de altos e baixos de Hamilton, todo cuidado é pouco.
A vitória de Rosberg aliada ao Sebastian Vettel irreconhecível que vimos no México praticamente decidiu o vice em benefício do alemão da Mercedes. Nico tem de provar que é capaz de salvar o dia no caso de seu ex-amigo falhar e garantir o segundo posto é o mínimo que ele tem de entregar. Vettel visivelmente forçou a mão tentando levar a disputa mais adiante, mas deu tudo errado. O tetracampeão tinha toda razão em tentar e o furo de pneu no início fica na conta da roleta russa , mas pegou mal errar tanto. Mesmo se considerarmos prováveis dificuldades com os freios, espera-se mais de um piloto como ele. De toda forma, ele sempre foi o franco atirador nesta disputa na qual Rosberg não podia acertar enquanto ele deveria evitar qualquer erro.
No mais, a Renault deve ter melhorado seus motores um pouquinho. Daniil Kvyat tinha tudo para emplacar um terceiro lugar se não fosse a bandeira amarela que bagunçou as estratégias. Mercedes e Ferrari sabem muito bem que a Red Bull pode voltar a ser dominante com um motor competitivo. O carro deles continua sobrando em relação aos outros. Kimi Raikonen segue muito combativo, mas já deu para sacar que não consegue assustar Valtteri Bottas na pista. O acidente entre os dois foi de corrida mas era Kimi quem tinha mais a perder. Para ele, é melhor que o ano acabe logo. A disputa pelo quarto posto no campeonato segue indefinida, com os dois finlandeses a frente e Massa pronto para colher os frutos de mais atritos entre eles. Bottas até vem levando vantagem sobre os dois veteranos com quem vem disputando o quarto posto, mas está perdendo a oportunidade de impor-se mais categoricamente sobre eles. Parece que falta um pouco de ambição para o número 77.
Sergio Perez fez uma boa prova e pontuou graças ao seu talento singular no quesito poupar pneus, evitando uma parada extra durante a bandeira amarela e segurando na pista um digno oitavo lugar em casa. Tem tudo para terminar o ano no top 10. Ele e Hulkenberg estão de olho no ano que vem, com a capitalização que deve vir junto com a Aston Martin, que deve encampar a Force Índia. Esta será a grande chance dos dois mostrarem que ainda podem quebrar a barreira da vitória. O resto das disputas que elencamos no último post seguem como estavam, com menção de surpresa para a aparente dificuldade que Maldonado vem tendo para descontar o ponto que o separa de Felipe Nasr.
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