Política Esportiva

Votação da MP do Futebol na Câmara é adiada por falta de novo acordo

Divergências de última hora impediram apreciação do tema e dívida dos clubes segue sem financiamento

Deputado Vicente Cândido (PT-SP) foi um dos que trabalharam por mudanças de última hora
Sob o risco de perder validade, a MP do Futebol, que renegocia as dívidas dos clubes com contrapartidas, não foi votada pelo Plenário da Câmara nesta quinta-feira (2/6) como previsto. O consenso construído ao longo da semana foi derrubado por divergências de deputados da Bancada da Bola, que não concordam com alguns pontos do texto que atingem clubes e federações.
Três pontos principais impediram a votação. A emenda que transforma a Seleção Brasileira em patrimônio cultural, o item que coloca como contrapartida a redução do déficit financeiro dos clubes e a alteração no sistema de votação das federações.
Em acordo prévio, articulado nos últimos dias, deputados da Bancada da Bola já havia alterado itens que o desagradavam. Como o limite de gastos com a folha salarial.
Um dos mais descontentes com a proposta, o deputado Marcelo Aro (PHS-MG), também diretor de Ética da CBF, diz que não aceita interferências do governo em assuntos que não tem relação com o refinanciamento.
Apontado como um dos articuladores do adiamento da votação, ele é contra, principalmente, as alterações no sistema de votação das federações. Ligado ao futebol e à Federação Mineira, além da CBF, o parlamentar se considera isento para tratar o assunto.
“Todo mundo aqui é ligado a algum tema. Eu sou ligado ao futebol e não há nenhum constrangimento (em votar este tema)”, opinou. Os deputados Jovair Arantes (PDT-GO) e Vicente Cândido (PT-SP) também trabalharam por mudanças de última hora.
A votação da MP 671/15, conhecida como MP do Futebol, chegou a entrar na pauta do dia da Câmara, mas foi adiada após aprovação de requerimento. O tema volta a ser debatido na terça-feira.
Com prazo de validade perto do fim, em 17 de julho, o líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-SP), afirmou que a votação já está acordada com o presidente da Casa, Eduardo Cunha, que mais cedo havia questionado o adiamento, alertando sobre o risco de não ter tempo hábil na terça-feira.
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