Itinerância da Bienal das Amazônias leva “Bubuia” para São Luís
Obras de 18 artistas serão exibidas na capital maranhense, de 17 de dezembro a 22 de fevereiro.
A 1ª Bienal das Amazônias vai cruzar a divisa do Pará e desembarcar em São Luís, no Maranhão, com o conceito “Bubuia: águas como fonte de imaginações e desejos”. A abertura da exposição itinerante será no dia 17 de dezembro, às 19h, no Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM) e a partir do dia 18, outro recorte das obras também poderá ser visitado no Espaço Chão Slz.
As itinerâncias levam a Bienal para diferentes regiões do Brasil. “A itinerância segue a 1ª Bienal das Amazônias. É um ato político itinerar na Amazônia e levar recortes de um todo que foi a Bienal. Para cada localidade a gente faz um desenho curatorial, pensando nos espaços que vão nos receber”, explica a curadora Vânia Leal.
O CCVM vai receber obras de 12 artistas. Já no Espaço Chão Slz serão apresentados os trabalhos de seis artistas. O encerramento da itinerância será no dia 22 de fevereiro. Os eventos de abertura terão a presença dos artistas do Maranhão que participaram da Bienal. “Uma prerrogativa da itinerância é que todos os artistas que são do local estejam na cidade em que nasceram”, informou Vânia.
A visitação às obras é ativa. Ou seja, tem como objetivo chamar o público para que cada vez mais pessoas possam ver a Bienal e participar dos programas educativos, explica Vânia. “Temos um programa educativo no espaço expositivo muito forte e pontual que envolve escolas, públicos diversos, público da cultura, das faculdades e universidades”, diz. “Também teremos sete obras públicas, com artistas locais na rua e em espaços abertos da cidade, com orientação da curadoria da Bienal”, destaca a curadora.
No período da itinerância, a curadora Vânia Leal também fará uma leitura de portfólio para artistas do Maranhão, em um dia. “É uma oportunidade de verificar a cena local, formar o banco de dados dos artistas, conhecer e orientar os artistas acerca dos seus portfólios e conversar sobre as suas poéticas. É um momento de escuta”, afirma.
“Para a Shell, apoiar uma iniciativa como essa significa reforçar nosso compromisso com a sociedade sobre a diversidade de culturas, o desenvolvimento humano e a geração de valores através da arte, em um contexto de projeto multidisciplinar e internacional onde a riqueza Amazônica, em todos os seus sentidos, é o foco principal”, comenta Alexandra Siqueira, gerente de Comunicação Externa e Marca da Shell Brasil, uma das patrocinadoras máster da itinerância ao lado do Nubank.
Realizada em agosto de 2023, em Belém, a 1ª Bienal das Amazônias reuniu 120 artistas/coletivos dos países da Pan-Amazônia (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana Francesa e Brasil).
O tema que inspirou a curadoria resgata um termo usado pelos caboclos e provoca um despertar sobre os saberes amazônicos, com respeito ao fluxo dos rios e da vida na floresta. Na Amazônia localizada no território paraense, bubuia pode significar o ficar imerso nas águas do rio que corre, sem afundar, observando o que está acontecendo ao seu redor.
As itinerâncias da Bienal das Amazônias já percorreram Marabá e Canaã dos Carajás. A itinerância tem patrocínio master do Nubank e Shell, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O Instituto Cultural Vale foi patrocinador máster da primeira edição, e apoiador da iniciativa.