“Só quem já morreu na fogueira, sabe o que é ser carvão”, já diriam Rita Lee e Zélia Duncan. Uma boa lembrança para definir a experiência que é assistir a heroína Gigi, que volta 100 anos para enfrentar o que vier, com sua revista de uma mulher só: A Vagabunda.

O espetáculo, que recebeu o Prêmio Sated-MA por melhor dramaturgia, atriz e figurino, estreia no próximo sábado, 27, às 20h, no Teatro Arthur Azevedo, e comemora os 15 anos de existência do Grupo Xama Teatro, idealizador da peça.

Estrelada por Gisele Vasconcellos, que interpreta Gigi, a peça é um retrato das mulheres na sociedade, independentemente da época: Se antes era outra, era apenas uma mulher, ao levantar dos escombros ela desenterra as loucas, as bruxas, deusas, monstras, filhas dos tempos; uma vedete que hiperperforma para permanecer viva.

“Essa é a saga de Gigi, nossa heroína que luta pelo direito de ser artista. Ela é feita de aço, vocês dizem…não! Ela é feita de mulher! Mas até quando ainda teremos nossas armas? A peça é a revista impossível da Gigi. Ao sobreviver a um incêndio, ela vai fazer o que for preciso para se manter de pé. Furando os enquadros, ela se põe em revista e é (des)vista. Uma mulher como qualquer outra: estrela que não cabe em uma mala”, destaca a atriz Gisele Vasconcelos.

A apresentação foi uma escrita conjugada de três artistas, pesquisadoras e dramaturgas, com a colaboração de um dramaturgista. Com estreia e concepção no período pandêmico, que contou com fomento do Prêmio Mulheres de Atitude, em 2020, pela Secretaria de Estado da Mulher (SEMU), o espetáculo agora conta com músicas autorais, compostas por Didã, e com a primeira apresentação com banda ao vivo, no dia 27.

Lançamento do livro “A Vagabunda”

No dia da apresentação no Teatro Arthur Azevedo, a peça será lançada também em formato de livro graças ao Prêmio Graça Aranha da FAPEMA para publicação. 

No dia da apresentação no Teatro Arthur Azevedo, a peça será lançada também em formato de livro graças ao Prêmio Graça Aranha da FAPEMA e o apoio do SESC-MA para publicação

O livro possui prefácio da dramaturga e encenadora baiana Onisajé, fotos da capa e do miolo de Silvana Mendes e foi escrito por Gisele Vasconcelos, Nádia Ethel e Nicolle Machado.