5 Livros que parecem feitos para quarentena
Aproveite o tempo de quarentena para colocar a leitura em dia
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Reprodução
A máquina de fazer espanhóis
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António Jorge da Silva é um barbeiro de 84 anos e recém-viúvo entregue a um lar de idosos pela família. Sozinho, o “senhor Silva” passa a esperar pacientemente pela morte e se entrega a casmurrice, convicto de que nenhuma alegria poderia suceder a morte da grande companheira Laura. Com lirismo e sem letras maiúsculas, o fio narrativo de a máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe, aos poucos introduz a ideia de que nunca é tarde para viver o que a vida ainda tem a ofertar, ao mesmo tempo em que tece boas metáforas para a história de Portugal, país onde o escritor, nascido na Angola, fincou raízes. Pedida certa para enxergar a solidão com outros olhos e enternecer o peito em tempos tão desesperançosos.