ASCENSÃO

Pabllo Vittar apresenta novo álbum para o público e fala sobre isolamento

Pabllo Vittar adiantou o lançamento de ‘111’, após o vazamento na internet

Reprodução

Pabllo Vittar iniciou a carreira artística como drag queen e depois adentrou no mundo da música. Por conta do preconceito, a aceitação do público em geral não foi tão grande com os primeiros singles lançados. Mesmo assim, Open bar (primeira música da cantora, produzida em 2015 com cerca de R$ 600) ultrapassou a marca de um milhão de visualizações no YouTube com um forte apoio LGBTQI+.

A partir desse momento, a artista viveu cinco anos mágicos — musicalmente falando, de 2015 até 2019. Com parcerias realizadas com renomados artistas e se tornando uma hitmaker com singles como Corpo sensualVai passar mal, Sua cara e Disk me, Pabllo Vittar ganhou notoriedade, se consolidou como uma grande artista brasileira e ganhou espaço internacionalmente.

A evolução apresentada nos quesitos voz e performance são notórios quando comparadas aos anos anteriores e os videoclipes de que participa se tornaram referência para outros artistas. “Fico muito agradecida com tanto amor que tenho recebido ao longo da minha carreira. Eu faço tudo com muita verdade, com o suporte de uma equipe fantástica e de fãs maravilhosos que me apoiam em todos os momentos”, relata a cantora.

Agora, Pabllo Vittar lança o álbum 111, o terceiro de estúdio na carreira, com nove músicas, sendo três inéditas. O novo trabalho conta com as participações de Psirico, Jerry Smith, Ivete Sangalo e convidados internacionais como a cantora britânica Charlie XCX e a mexicana Thalía, com a qual Pabllo se identificou bastante. “Eu já admirava o trabalho da Thalía há muito tempo. Agora pude conhecer de perto o profissionalismo dessa rainha, que encanta a todos. Foi um processo incrível para nós duas”.

Dentre as faixas gravadas, os hits Parabéns e Amor de que, lançados em um EP no ano passado, se destacam. Com elas, estão as músicas Flash pose e Ponte perra. As novidades ficam por conta de Clima quente Tímida, que ganharam videoclipes mesmo antes do lançamento oficial do álbum, e das músicas inéditas. Lovezinho é um arrocha romântico, cadenciado, que destaca as vozes de Ivete e Pabllo. Salvaje traz a mistura de inglês e espanhol na letra, acompanhada por batidas eletrônicas. Já Rajadão é uma das maiores inovações da carreira de Pabllo Vittar, sendo uma música no estilo rave, com uma sonoridade diferente e mensagens otimistas na composição.

Esse álbum é diferente de tudo que lancei até aqui. É um álbum com mais experimentações artísticas, além de ser o primeiro com músicas em diferentes idiomas. Estou muito feliz com o resultado e empolgada devido a repercussão positiva que já tivemos até aqui com os lançamentos de alguns singles. Meu objetivo, como artista, é justamente esse, estar o tempo todo me reinventando, experimentando e ressignificando experiências, sonhos e batidas através da música

conta a artista.


O álbum, entretanto, não tinha o lançamento previsto para março, mas foi adiantado por conta de vazamento das músicas na internet. Pelas redes sociais, a cantora pediu para que os fãs “não compartilhem conteúdos vazados” e disse estar “muito feliz com a repercussão”.

Além do novo álbum, Pabllo Vittar também falou, em entrevista ao Correio, sobre o coronavírus e a classe artística no país, sobre os planos futuros para 2020 e sobre o reality Soltos em Floripa, da plataforma Amazon Prime, no qual é comentarista. Confira!

111 De Pabllo Vittar. Sony Music, 9 faixas. Disponível nas plataformas digitais.

Faixas do álbum

  • 1. Parabéns – com Psirico
  • 2. Tímida – com Thalía
  • 3. Lovezinho – com Ivete Sangalo
  • 4. Amor de que
  • 5. Salvaje
  • 6. Flash pose – com Charli XC
  • 7. Clima quente – com Jerry Smith
  • 8. Ponte perra
  • 9. Rajadão


Entrevista/ Pabllo VittarVocê estreila um novo reality na Amazon Prime Vídeo chamado Soltos em Floripa. Como foi essa participação como comentarista?

Foi uma experiência diferente e muito divertida. Eu adoro praia e reality show, que faz dessa uma combinação pra lá de especial. Vocês vão adorar o programa e cada novo episódio.

Você realizou muitas parcerias musicais, inclusive internacionais. Como é esse sentimento de ver o público brasileiro cantar suas músicas em inglês e o público estrangeiro cantar em português? Essa troca cultural acontece mesmo?

É maravilhoso, sempre digo que não há fronteiras para a música e para a cultura de forma geral. Cantar em diferentes idiomas faz com que eu consiga me comunicar com todas as pessoas que querem curtir o meu trabalho. Faço música para todos e isso me encanta. É lindo ver os brasileiros cantando em outras línguas e também a galera de fora cantando em português.

Como você, que estava confirmada para alguns festivais internacionais pelo mundo como o Coachella, recebeu a notícia dos adiamentos e, sobretudo, da epidemia de coronavírus?

Eu me pronunciei sobre isso assim que saíram as primeiras notícias, pois, como disse naquele momento, a segurança e saúde de todos devem sempre ser a prioridade. É isso que conta.

Os artistas, assim como a população, sofrem com o cancelamento e adiamento de eventos pelo país. Como um artista pode lidar com essa situação, que afeta a classe financeiramente?

Apoiem sus amigos artistas, os artistas locais, os produtores de evento e a economia de pequenas empresas. Essas são as pessoas com mais probabilidade de verem seus negócios falirem. Existem várias formas de ajudar nesse momento. Precisamos pensar no coletivo e não individualmente.

Além do novo álbum, o que mais você prepara para o ano de 2020?

Há muita coisa vindo por aí, mas não posso contar tudo. Adianto apenas que estou preparando um novo show e que também vou lançar novos videoclipes.

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