Conheça os mitos e verdades sobre a castração animal
Rodeada de mitos, a castração de pets é um tema que gera muitas dúvidas. Mas o método pode trazer diversos benefícios aos animais
Rodeada de mitos e temida por alguns tutores, a castração de pets é um tema que sempre gera muitas dúvidas. Entretanto, o método pode trazer muitos benefícios para os peludos, evitando uma série de doenças graves e uma possível ninhada indesejada.
A médica veterinária, Camila Maximiano, respondeu algumas dúvidas e contou os principais benefícios da castração. Confira:
Evita crias indesejadas
De acordo com Camila, a castração evita as crias indesejadas e outros vários problemas que acontecem por meio da cruza com outros animais. “Além de evitar filhotes, a castração também evita as fugas, que ocorrem com frequência quando o animal está no cio. Além disso, doenças transmitidas sexualmente, como o Tumor Venéreo Transmissível (TVT), são evitadas”, conta.
As fêmeas não têm gravidez psicológica
Não é incomum ver gatas e cadelas sofrerem com a gravidez psicológica. O quadro é complicado e pode gerar muitas dores de cabeça ao tutor, além de sofrimento aos bichinhos. Alguns casos são tão sérios, que a fêmea chega a produzir leite. “A pseudociese (gravidez psicológica) pode levar a fêmea a ter até mesmo inflamações nas mamas após o quadro do cio. E a castração também evita a piometra, uma infecção uterina que dá em fêmeas não castradas, que podem levar o animal a óbito”.
Quanto mais cedo, melhor!
Um dos maiores mitos em relação a castração é que fêmeas devem ter ao menos uma ninhada antes de serem castradas, para viverem saudáveis, o que não é verdade. De acordo com a veterinária a castração precisa ser feita o mais cedo possível. “Quando mais cedo, menos chances a cadela e a gata vão ter de apresentar tumor de mama, funciona como um método de prevenção, mas isso só até o quarto cio. Após esse marco, também é indicado, pois pode evitar a piora do quadro”, alerta.
Os machos também são beneficiados com a castração
Camila conta que gatos e cachorros castrados têm menos chance de fazerem xixi fora do lugar, ou seja, ter o hábito de marcar território. “A maioria dos machos não castrados apresentam tumores de testículos e outros tumores que ocorrem por conta dos hormônios. Além disso, os machos castrados têm menos chance de apresentarem câncer de próstata com o avanço da idade”, conta.
A castração melhora o comportamento do animal?
A veterinária conta que quanto mais cedo a cirurgia de castração é feita, mais sucesso ela apresenta em relação às questões comportamentais, como subir nas pessoas e ser agressivo. “A castração não necessariamente vai mudar o comportamento do pet, entretanto, é aconselhável porque tira a alta carga hormonal, melhorando os hábitos do pet. Mas se o animal tiver a idade avançada, poucas são as chances dele melhorar os comportamentos ruins relacionados ao padrão hormonal”.
Redução da frustração sexual
Apesar dos tutores não perceberem, os animais (machos e fêmeas) têm frustração sexual por não conseguirem cruzar. Além disso, os machos podem sentir uma fêmea no cio a quilômetros de distância.
“A castração evita esse problema, dando um grande conforto ao animal, evitando que ele fique o tempo todo com essa necessidade sexual que não é suprida”, conta.
Castração x obesidade
De acordo com Camila, a maioria dos casos de obesidade em pets tem relação com a castração, pois os níveis de hormônio são reduzidos, tornando o metabolismo mais lento.
“Após a castração, o tutor deve ter o cuidado e colocar o pet para fazer atividades físicas e diminuir a quantidade de ração oferecida, investindo também em alimentos próprios”, aconselha.
Maioria dos casos tem relação com a castração, pois os níveis de hormônio são reduzidos.
Outros métodos são arriscados
De todos os métodos para evitar filhotes, a castração é a maneira mais segura e saudável para o animal.
Alguns tutores optam por vacinas anticoncepcionais em gatas e cadelas, que são extremamente nocivas e perigosas, podendo causar tumores cancerígenos.