TAMBOR DE CRIOULA

Mistura de gerações no encerramento de Oficina

Oficinas acontecem desde ontem na Casa do Tambor de Crioula, com atividades teóricas, audiovisuais e práticas com a participação de mestres de tambor

Reprodução

Hoje, a partir das 14h, será o encerramento da terceira Oficina Saberes Tradicionais, na Casa do Tambor de Crioula (Rua da Estrela, Praia Grande).

Durante dois dias mestres e participantes do Tambor de Crioula Arte Nossa estiveram mediando a Oficina que trata de atividades práticas e teóricas relacionadas à expressão cultural tambor de crioula do Maranhão, e que neste encerramento terá a participação de alunos do IFMA.

“Nós, do Tambor Arte Nossa, participamos de um edital e estamos mediando essa oficina que tem a participação de mestres de tambor de crioula. Achamos importante essa vivência, essa transição de saberes. Os mestres são sabedores de tanta coisa e experientes para repassar, transmitir esse aprendizado para a nova geração”, disse Simei Dantas, presidente do Arte Nossa, que está em atividade já há 15 anos. O encerramento começará com a exibição de um documentário audiovisual sobre as variadas formas de expressão da cultura popular. Em seguida haverá uma roda de conversa com a temática a Política da Salvaguarda do Tambor de Crioula com mestres e participantes do grupo Tambor de Crioula Arte Nossa, como os mestres Gonçalo, Peixinho, Catatau e Maria de Jesus. “As crianças e adolescentes que já tocam o tambor também estarão lá, então será uma mistura dos mestres com a nova geração. É importante ter essa vivência, e depois passaremos para a parte oficina prática, com dança, ritmo e canto”, aponta Simei. A oficina foi selecionada no Edital de Credenciamento da Quarta do Tambor, que tem por objetivo proporcionar contato e vivência com a temática dos saberes tradicionais da prática do Tambor de Crioula do Maranhão. A Quarta do Tambor também conta com apresentações semanais, até dezembro, de grupos de tambor de crioula, como parte da programação das ocupações artísticas, que visa ocupar espaços públicos com cultura o ano inteiro.

Expressão de matriz afro-brasileira

A dança circular que envolve canto e percussão de tambores é praticada sem local específico ou calendário pré-fixado e feita em reverência a São Benedito. Eles se apresentam com maior frequência em festividades carnavalescas e juninas. 

 “Inscrito no Livro das Formas de Expressão, em 2007, esse bem imaterial inclui-se entre as expressões do que se convencionou chamar de samba, derivadas, originalmente, do batuque, assim como o jongo no Sudeste, o samba de roda do Recôncavo Baiano, o coco no Nordeste e algumas modalidades do samba carioca. Além de sua origem comum, constatam-se, entre essas expressões do samba, traços convergentes na polirritmia dos tambores, no ritmo sincopado, nos principais movimentos coreográficos e na umbigada”, segundo o IPHAN.

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