“A Vida Invisível” estreia torcendo por Oscar

Filme de Karim Aïnouz é o indicado brasileiro à disputa pelo Oscar. Em dezembro sai a longlist, com dez pré-indicados a melhor filme estrangeiro

Reprodução

Carol Duarte faz a jovem Eurídice de A Vida Invisível. Separada da irmã, Guida/Júlia Stocker, pelo pai intransigente, passa o filme sonhando com o reencontro. Desde maio, quando o longa de Karim Aïnouz integrou a seleção oficial do Festival de Cannes – na mostra Un Certain Regard, que venceu -, o cinéfilo tem acompanhado as andanças de A Vida Invisível pelo Brasil e pelo mundo. O filme teve direito a noite de gala no Teatro Municipal, durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e também abriu o Cine Ceará. Além disso, é o representante do Brasil para concorrer a uma vaga no Oscar de melhor filme internacional. Em dezembro sai a longlist, com dez pré-indicados. Já será uma vitória e tanto, pois mais de 90 filmes de todo planeta concorrem à indicação.

Alguns desses longas já estão em cartaz nas salas de São Paulo. São filmes sobre mulheres e três ou quatro realizados por elas (Adam e A Camareira). A Vida Invisível junta-se ao grupo nesta quinta, 21. O diretor Karim Aïnouz, criado pela mãe, num ambiente predominantemente dominado por mulheres – a avó, mais quatro tias -, quis retratar as mulheres de uma certa geração, oprimidas por homens dominadores, mas que resistem.

Fernanda faz a personagem de Carol, a Eurídice, mais velha. Durante todo o filme ela não desiste de encontrar a irmã e aí, no finalzinho… Embora se trate de uma adaptação do livro de Martha Batalha é bom não estragar a surpresa. A presença de Fernanda Montenegro agrega ao final e o filme sobe de voltagem. Como parte do processo, Karim exortou suas atrizes a escreverem a história das personagens que não está na tela.

Como parte da campanha para o Oscar, o produtor Rodrigo Teixeira está promovendo sessões especiais do filme em Los Angeles. Cada filme tem direito a até 15 sessões – já foram realizadas sete. Teixeira tem convidado atrizes, não só porque a categoria equivale a 15% dos votantes, mas também porque o tema pode é mais sensível para elas. Ele também conta com o efeito multiplicador dessas opiniões. Penélope Cruz e Isabelle Huppert já viram e gostaram. O sonho é cravar a candidatura de A Vida Invisível entre os cinco finalistas e ainda colocar a grande Fernanda, que já concorreu a melhor atriz – por Central do Brasil, de Walter Salles – entre as melhores coadjuvantes.

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