A história de quem faz a história
Para comemorar os 93 anos de O Imparcial, resolvemos contar histórias das pessoas que fazem o jornal
Hoje é dia de festa! São 93 anos de história e mais de 35 mil edições publicadas. O Imparcial é consagrado o jornal mais antigo do Maranhão. Fundado em 1926, o jornal adquiriu ao longo de mais de nove décadas o reconhecimento e credibilidade dos leitores maranhenses.
Cumprindo um papel significativo enquanto mediador da informação, o jornal impresso vem trazendo informações de qualidade aos leitores que, com um olhar cada vez mais apurado, buscam por notícias relevantes e de interesse público.
Bem mais que segurar e folhear as páginas de um jornal, os leitores se tornaram bem mais exigentes quanto aos suportes em que a notícia estava sendo divulgada e ao conteúdo produzido. Para se adaptar às novas mudanças tecnológicas que estão acontecendo, os veículos jornalísticos ditos ‘tradicionais’ têm investido na atualização contínua.
No dia 1º de maio de 1926, um novo jornal entrava em circulação na capital maranhense. “Aqui, no estado, sempre houve a tendência de ter a imprensa dividida: a oposição de um lado e a situação de outro. Percebendo isso, um jornalista teve a feliz ideia de fundar um novo, que não fosse nenhum dos dois, e resolveu o chamar de O Imparcial”, conta Pedro Freire, diretor-presidente da empresa. Em pouco tempo, o jornal se tornaria um dos principais do estado. Hoje, exatos 93 anos, ele continua cumprindo esta função.
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Há 51 anos, quando a jornada de Freire no O Imparcial começou, ele ainda nem havia saído da escola. “Foi 1º de setembro de 1967”, lembra desde o primeiro dia, quando entrou como revisor. Tomado pela rotina daquela época, que exigia sair da redação somente às 3 da manhã para “fechar” a edição do jornal do dia seguinte, o rapaz não esperava que escalaria até o mais importante cargo administrativo da empresa. ‘Eu tive a oportunidade e a agarrei’”, enfatiza. “Fazer parte do grupo há tanto tempo sem nunca ter tido a vontade de abandoná-lo é o que o faz ter certeza de que gosta da profissão”.
De sua própria sala do prédio, Raimundo Borges, diretor de redação, que trabalha no jornal há 48 anos, escreve e publica diariamente sua coluna sobre política. Atrás de sua bancada, uma mesa repleta de câmeras antigas, responsáveis por guardar as memórias de sua trajetória. Borges entrou no O Imparcial em 1970 como repórter fotográfico. Desde lá, passou por todos os degraus até chegar ao atual patamar de diretor de redação. Apesar da longa data, encanta-se ao falar da profissão, que afirma ser o antídoto responsável por mantê-lo jovem até hoje. “Aqui é minha morada, minha família. Eu vivo mais aqui do que na minha própria casa. Eu vivo isso. Renovo-me todo dia fazendo jornalismo”, conta. “Faço isso com a visão de que a sociedade e a democracia precisam de nós, jornalistas. Defender as causas sociais, o direito de quem tem menos direitos. Isso é o nosso papel”, afirma, convicto de sua missão de vida.
Ocupando a mesma mesa na redação, estão Zezé de Arruda e Neres Pinto. Zezé entrou com 20 anos como editora após ir, pessoalmente, pedir a função ao diretor. Hoje, 35 anos depois, continua cultivando a sensação proporcionada pelo dia a dia no O Imparcial. “Esse aqui é o meu segundo lar. É tudo para mim”, fala, com carinho. Já Neres ingressou na empresa também como editor, em 1972 – contabilizando 47 anos de jornalista no matutino. Acompanhou a evolução tecnológica dos aparatos necessários para receber notícias nacionais e transcrevê-las para o jornal local e, anos depois, mergulhou no jornalismo esportivo.
Mesmo com a rotina severa do jornalismo, Neres encara as obrigações profissionais com gosto, por amar o que faz. “Às vezes a gente tem hora para chegar e não tem para sair. Se um fato interessar a ser divulgado com ênfase no dia seguinte, a gente tem que esperar até o horário que for necessário para fechar a matéria”, conta, reforçando a ideia de que, para quem nasceu para o jornal, não existe barreira que não se possa escalar. “Por isso, o jornalismo só pode ser feito por quem tem paixão por ele. Senão, não aguenta!”, brinca.
Novos tempos e empresa renovada
Bem como os grandes jornais impressos, O Imparcial vem mudando gradativamente a forma de produzir e distribuir notícias, e também migrou para a área digital. Há pouco menos de um mês, o site do jornal deu uma repaginada. A nova plataforma digital surgiu com o intuito de oferecer um fluxo mais dinâmico de informações, com conteúdos de grande relevância, em uma roupagem totalmente diferente. Mas nem sempre foi assim.
Na rede desde os anos 2000, quando somente publicava as versões do jornal impresso em PDF, as constantes atualizações da época fizeram com que em junho de 2007 houvesse uma repaginada e se transformasse em um site com atualizações em tempo real.
Atualizações tecnológicas
Mantendo a proposta do site com as constantes atualizações, ao longo dos anos foram sendo desenvolvidos mecanismos para otimizar a produção dos conteúdos publicados, como explica o André Mácola, da tecnologia. “Como o site era destinado aos usuários do desktop, umas das principais mudanças foi a otimização da página para funcionar em outras plataformas digitais, principalmente no celular. A partir daí, as atualizações no site foram se tornando mais fáceis, tanto na produção de conteúdo, quanto na divulgação. E em pouco tempo, houve um aumento considerável de visitas”, contou André.
Utilizando ferramentas tecnológicas que auxiliam no direcionamento dos conteúdos produzidos, de acordo com o analista de dados e marketing digital do jornal, Gersony Ramos, O Imparcial se preocupa com as futuras gerações, observando o comportamento dos consumidores de conteúdo. “A era digital vem para tornar mais dinâmico o consumo de notícias, e nessa perspectiva, o jornal utiliza uma estrutura que se fundamenta na análise de dados e usa as informações como parâmetro para um maior alcance dos leitores”, ressalta.
Primeiros passos
A rotina na redação tem proporcionado diversas experiências aos acadêmicos de jornalismo. Os estudantes vivenciam na prática os ensinamentos adquiridos durante a academia. A estudante Ana Maria Bruzaca, que está finalizando sua graduação em jornalismo, enfatiza a importância da experiência adquirida na redação ao longo de quase seis meses de estágio. “A experiência profissional que obtenho diariamente aqui no jornal é, sem dúvidas, a parte mais importante de toda a minha trajetória no curso”.
Empresa de moderna
A gerência do jornal O Imparcial também acompanha as mudanças recorrentes. Os desafios da área administrativa e comercial permitiram que a gestão se atualizasse e mudasse o direcionamento da administração.
A diretora administrativa Patrícia Freire afirma que as mudanças adotadas por diferentes setores para o desenvolvimento do trabalho. “Em um tempo em que se falavam em extinção do jornal, nunca fomos tão lidos como hoje, seja no papel ao tomar café na sua casa ou durante todo o dia pelo seu smartphone. A mudança na parte administrativa e comercial também foi muito rápida e nosso maior desafio foi colocar estes setores para conversarem entre si e junto com o setor tecnológico e assim conseguirem falar a mesma língua”, afirma.
Para a diretora de marketing e comercial, Andréa Cristina, a consolidação da marca é resultado de uma longa trajetória de sucesso na comunicação de fatos e notícias relevantes do nosso Estado, por meio de plataformas digitais. “A comunicação é uma das principais ferramentas para expandir ideias e movimentos e O Imparcial irá entrar na era 5.0, que é uma revolução que promete colocar o mundo ao nosso favor e reposicionar as tecnologias que criamos em nosso próprio benefício, visando melhorar a qualidade de vida, procurando posicionar o ser humano no centro da inovação e transformação tecnológica”, explica.
A gerente de RH, Priscila Marques, conta que o grupo O Imparcial comemora seus 93 anos, com muito vigor, dinamismo e buscando sempre transformações que possam impactar positivamente o nosso alcance no mercado.
De acordo com Priscila, “dentro da premissa de Gestão de Pessoas, as ferramentas tecnológicas disponíveis mudaram a forma de abordagem, bem como oferecimento de novas metodologias, ações e atendimento aos nossos colaboradores. As profissões que existem hoje estão se transformando, novas estão surgindo e algumas serão suprimidas, algo natural do processo. No entanto, as pessoas são e serão essenciais dentro de qualquer fluxo. Trata-se de “Humanizar” serviços e criar novas experiências positivas de atendimento”, concluiu.