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340 mulheres atendidas em março pela 2ª Vara da Mulher

Patrulha atua há 1 ano e 3 meses. Segundo o Comando, de outubro de 2017 até agora amentou mais ainda a procura por medidas protetivas

A Casa da Mulher Brasileira fica localizada na Av. Professor Carlos Cunha, no Jaracaty.

A Casa da Mulher Brasileira funciona em regime de 24 horas de plantão no bairro Jaracaty, em São Luís. (Foto: Reprodução)

Na última quinta-feira, 5, São Luís ficou estarrecida com mais dois casos de violência contra a mulher. No bairro do Coroado, uma mulher, identificada como Celiane Pereira Alves, de 30 anos, foi assassinada a facadas. Ela foi encontrada deitada em uma cama em uma quitinete e o suspeito pelo crime é o ex-marido da vítima. De acordo com informações, a vítima teria sido assassinada na quarta-feira, 4. De acordo com a delegada Viviane Azambuja, o suspeito, Francisco da Chagas Araújo Nascimento, teria ligado por volta das 3 horas da madrugada para a mãe de Celiane informando sobre o crime.

À noite, um homem atirou na cabeça da ex-mulher dentro de um motel no bairro Areinha. Eliezer da Cunha Reis, primeiro sequestrou Weslayne Naiane Correia, e a fez refém. Depois de feitas as negociações com a polícia e a imprensa estar no local para que ele soltasse a mulher, ele atirou na cabeça dela. Até o momento do fechamento desta matéria, Weslayne encontra-se em estado grave no hospital Socorrão I. Eliezer foi preso.

Em ambos os casos, a coronel Augusta lamenta que as vítimas não tenham chegado a fazer algum tipo de denúncia formal ou boletim de ocorrência.

“Pelo que sabemos, elas não registraram nenhuma ocorrência contra seus agressores. Isso deixa a gente triste porque, mesmo com toda divulgação, campanha, todo o suporte que a rede de proteção dá, ainda há um receio dessas vítimas em denunciar, pedir ajuda”, diz a coronel.

Ela lembra o caso da advogada Ludmila Ribeiro, cujo suposto agressor teve o habeas corpus concedido mesmo foragido, e espera que isso não desestimule outras mulheres, em igual situação, a recorrer à justiça.

“Há todo um empenho da justiça, dos órgãos de proteção para ajudar e apoiar essa mulher vítima de violência. Efetuamos 31 prisões de agressores de fevereiro até agora, independentemente de situação financeira. Assim como ela, ficamos todos tristes, mas ela deve continuar acreditando na justiça.

Esperamos que ela não desista de lutar pelos seus direitos. Que ela seja um exemplo de luta para outras mulheres também. Não é uma situação dessas que vai nos desanimar, pelo contrário, faz com que passemos a procurar cada vez mais nossos direitos”, aponta coronel Augusta. A Patrulha atua há 1 ano e 3 meses. Segundo o Comando, de outubro de 2017 até agora amentou mais ainda a procura por medidas protetivas devido também à existência da 2ª Vara da Mulher, que é específica para Medidas Protetivas de Urgência (MPU). “Para você ter ideia, em março deste ano tivemos 340 mulheres atendidas, aumentou muito. Até o momento já foram 2 mil medidas cadastradas e 1.300 atendidas. Então, as mulheres estão denunciando mais, estão buscando a justiça”, comenta a coronel.

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