Para desenvenenar corações

Kleber Albuquerque e Rubi apresentam espetáculo musical Contraveneno

No show, a força da poesia é a marca das canções que funcionam como um antidoto para coisas amargas da vida

Logo mais à noite compositor e cantor paulista Kleber Albuquerque e o cantor brasiliense Rubi apresentam o espetáculo musical Contraveneno, a partir das 20h30, no Cine Praia Grande. O show é o primeiro da turnê depois da pré-estreia em Londrina. O repertório é formado por clássicos como Eta Nóis, de Luhli e Lucina; Como La Cigarra, da poeta argentina Maria Elena Walsh; e Castelo de Amor, antigo sucesso popular gravado pelo Trio Parada Dura, além de músicas autorais. Temas inéditos como Milonga da Noite Preta (Kleber Albuquerque), Cantiga de Não Chegar, Cerol e Contraveneno (parcerias de Kleber com o poeta e produtor Flávvo Alves) também estão no setlist.
A expectativa para o show é grande, pois mais do que um encontro no palco, Kleber Albuquerque e Rubi celebram o prazer de cantar a força da poesia nas canções. “O repertório acaba buscando essas raízes, caipira e sertaneja, porque nossos trabalhos, tanto meu quanto do Rubi, beberam nessas fontes, mas acho que é um trabalho voltado para a canção no que ela tem de forte da relação da poesia com a música. Então acho que o repertório, mesmo pegando essas referências caipira, do interior do Brasil, talvez tenha como maior característica a força da poesia nas canções”, avalia Kleber.
Em comum na carreira individual dos dois artistas já conhecidos há mais de três décadas na cena indie paulistana, há a influência da tradição da música caipira, das duplas sertanejas ouvidas na infância. “Esse espetáculo tem uma característica de um repertório de canções boas para se cantar a duas vozes, então a gente buscou música caipira, sertaneja, além das minhas próprias composições, e outras do cancioneiro popular, fizemos uma versão muito interessante de Castelo de Amor, do Trio Parada Dura, que ouvíamos na nossa infância. Então, pegamos essas canções que tem em comum a facilidade para ser cantada em duas vozes”, conta Kleber.
Acompanhados pelo multi-instrumentista e produtor Rovilson Pascoal (violões, guitarra e ukulele) e pelo mestre Mário Manga, Kleber e Rubi revezam-se também em alguns momentos solo, nos quais interpretam músicas de suas carreiras individuais, e reservam sempre algumas surpresas em cada show. Entre elas uma versão folk de Maurício, da Legião Urbana, e uma homenagem a Mário Manga (que foi produtor dos discos de estreia tanto de Kleber quanto de Rubi), com a divertidíssima Lava Rápido (Premê).
O show segundo Kleber, surgiu de forma natural, enquanto conversavam na cozinha da casa dele. Há 10 anos eles já haviam feito um trabalho coletivo e a partir desse momento em que relembraram e cantaram várias canções, veio a proposta do show.
Contraveneno, show que leva o nome de uma música de Kleber e Flávio, carrega um rol de poesias que pedem reflexão para o momento atual. “Na minha opinião essas canções tem algo de medicinal, que talvez pra época que a gente vive, de tanto sofrimento, agitação, a canção pode ter a função de ser um antídoto, um contraveneno para as coisas que deixam a vida da gente amarga. Eu acho que várias das canções embora não sejam panfletárias, não tem uma temática unicamente politica, mas pela força da poesia elas acabam também levando a uma reflexão para o momento que estamos vivendo”, avalia Kleber.
Serviço
O quê? Show Contraveneno
Quando? 28 (hoje), às 20h30
Onde? Cine Praia Grande (Centro Histórico)
Quanto? R$ 10,00 (Preço único). A renda será revertida para o Asilo de Mendicidade de São Luís
Produção: Sete Sois e Gilberto Mineiro
VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias