MPB PETROBRAS

Banda 14-Bis se apresenta neste domingo (31), em São Luís

Músicas consagradas do grupo mineiro serão apresentadas, amanhã, no Teatro Arthur Azevedo. O show de abertura será com a cantora Nathalia Ferro

14 Bis

Todo Azul do Mar, Planeta Sonho, Linda Juventude, Espanhola, Mais uma Vez, Caçador de Mim, Sonhando o Futuro, entre tantas outras canções que exalam poesia, melodia, harmonia e letras singulares nas vozes de artistas que em 35 anos de carreira deixaram marcados seus nomes na música brasileira. A banda mineira 14 BIS depois de pelo menos 8 anos do último show em São Luís, volta a se apresentar na cidade com o show 14 BIS Ao Vivo amanhã, 31, às 20h, no Teatro Arthur Azevedo, pelo projeto MPB Petrobras. A abertura será com a cantora Nathalia Ferro, que recentemente lançou nas plataformas digitais o CD Alice Ainda e faz parte da nova safra de artistas maranhenses.

A banda 14 BIS é formada pelos músicos Sérgio Magrão (contrabaixo e voz), Claudio Venturini (guitarra e voz), Vermelho (teclado e voz) e Hely Rodrigues (bateria e voz) é referência na música brasileira original, popular e ao mesmo tempo sofisticada, e está a todo vapor realizando shows em todo o Brasil, paralelamente ao projeto MPB Petrobras, com o espetáculo Encontro Marcado, com Flávio Venturini, Sá e Guarabyra em que todos os músicos cantam todas as suas canções.
“O show está ‘bombando’ em todo o Brasil com teatros cheios, ingressos esgotados em todo lugar. Já fizemos 10 shows em todo o Brasil e teremos nos próximos dias no Rio de Janeiro, em Brasília, Goiânia, Uberlândia”, informa Magrão em entrevista por telefone.
Em São Luis a banda vai apresentar o espetáculo homônimo ao CD e DVD, com grandes sucessos do grupo, além da produção mais recente da banda. Ao todo, a 14 BIS tem 13 álbuns lançados e sucessos que marcaram gerações. “É importante voltar a São Luís depois de algum tempo. Acho que o último show também foi pelo MPB Petrobras. Então, levar nossos sucessos desses 35 anos e reencontrar o público daí vai ser bem legal”, comenta Magrão.
Com uma média de 60 shows por ano a banda que ganhou DVD de Ouro pelo 14 BIS Ao Vivo (Sony Music), primeiro DVD da banda com participação de Flávio Venturini, Beto Guedes, Rogério Flausino e Marcus Vianna, aguarda uma brecha na carreira para se dedicar ao próximo DVD. O trabalho reunirá sucessos da banda e inéditas do grupo compostas especialmente para comemorar as mais de três décadas. O trabalho deve ser iniciado no final do ano. “A gente não para. Nunca parou na verdade, graças a Deus”, reforça Magrão.
DNA musical
Foi em 1979 que os cinco rapazes do 14 Bis, Flávio Venturini, Vermelho, Hely Rodrigues, Cláudio Venturini e Sérgio Magrão, que entre outras influências – brasileiríssimas por sinal – tiveram nos Beatles o fator decisivo para sua formação, se juntaram para produzir um som próprio, moderno, lírico e de qualidade.
Flávio, Vermelho, Cláudio e Hely estavam planejando montar uma banda ainda sem nome. Precisavam de um contrabaixista e convidaram Magrão, considerado um dos melhores músicos da década de 70.
A gravadora EMI-Odeon vinha sondando Flávio Venturini para gravar um disco solo, este propôs o trabalho da banda, ainda sem nome. Depois de muito, surgiu o nome 14 BIS que agradou a todos e batizou também o disco. Convidaram Milton Nascimento para produtor. A estreia em disco, em 79, não podia ter melhor padrinho.
As canções melódicas, originais, com vocais apuradíssimos e a interessante mistura de rock progressivo e a música regional repercutiram não só entre o público, mas também na crítica, que recebeu favoravelmente o trabalho.
E lá se vão 35 anos. Sobreviveram à saída do líder da banda, Flávio Venturini, em 1987, sem perder o rumo. Os rapazes do 14 BIS encararam cada trabalho como uma oportunidade de renovação.
Qual o segredo? Tudo tem sabor de primeira vez. Dos Beatles, ídolos de sua juventude e influência maior, fazem questão de manter uma diferença: para eles o começo foi um sonho, um sonho real que não tem mais fim.
CINCO PERGUNTAS//SÉRGIO MAGRÃO
Passados 35 anos de carreira, se vocês fossem começar hoje acha que seria mais fácil ou mais difícil?
“Muito difícil. É só observar a nova música. O negócio empobreceu. As pessoas tem que saber que uma música reúne ritmo, melodia, letra. O cenário musical não só para mim, mas para muita gente, está bem ruim. Músicos como Djavan, Milton Nascimento, Ivan Lins, todos que já estão com mais de 70 anos, você vê algum do nível deles hoje? Não vê”.
E o que você costuma ouvir quando não está trabalhando nas próprias composições da banda?
“Eu ouço essa galera de antes com certeza. Tava até contando em uma entrevista que fiz, que eu cresci ouvindo Gonzagão e a minha formação é muito pro lado do Nordeste. Depois veio Beatles, Clube da Esquina, a galera de Minas Gerais, embora eu seja o único carioca do grupo, então eu gosto muito de ouvir Geraldo Azevedo, Lenine, que tem um trabalho incrível e eu acho que o público tem que ouvir. Vai ouvir o quê? Hoje está complicado”.
Em que sentido?
“Músicas que ocupam o espaço todo. Não tem mais espaço em lugar algum. É só música de um segmento. Agora é sertanejo. E aqui não é só crítica, é uma constatação. O povo não aguenta mais”.
Na contramão disso que você falou os shows da banda são lotados…
“Isso. E tem um público, uma geração de 15 a 25 anos que não eram nem nascida quando nós começamos e curtem a nossa música por influência dos pais. Nós tivemos, de modo geral, pelo menos 3 décadas de uma produção musical que vai do Beatles, rock progressivo, que aí começou a declinar sem se saber o porquê. Acho um cenário bem ruim”.
Sobre o show em São Luís?
“Serão os nossos sucessos dos 35 anos de carreira e mais alguma produção recente. Estamos rodando já pelo MPB Petrobras há um bom tempo e que bom que estaremos de volta a São Luís. É um projeto espetacular que dá oportunidade também para os artistas locais que não tiveram chance ainda de se apresentar para um grande público, de poder mostrar o seu trabalho”.
SERVIÇO
O quê? Show Banda 14 BIS
Quando? Amanhã (31), às 20h
Onde? TeatroArthur Azevedo
Quanto? Convites: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada). Realização: Caderno 2 Produções Artísticas. Patrocínio: Petrobras
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