A língua portuguesa sempre está em evolução e se adapta para poder abarcar a experiência humana. Sendo assim, feita como uma forma de incluir, a linguagem neutra tem como objetivo abranger aqueles que não estão dentro dos gêneros binários, ou seja, masculino e feminino.

A linguagem neutra também acolhe pessoas transexuais, travestis, não-binárias (pessoas que não se identificam nem 100% gênero feminino e nem 100% gênero masculino), intersexo (pessoas que nascem com características sexuais biológicas que não se encaixam nas categorias do sexo feminino ou masculino) ou que não se sintam compreendidas pelo uso do masculino genérico.

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A linguagem neutra propõe modificações na língua portuguesa para que a inclusão seja efetiva. Atualmente, o uso do X ou do @ nas palavras é desencorajado, já que pode dificultar a leitura, a pronúncia e até mesmo o entendimento. É importante ressaltar que para ser neutro não necessariamente precisa mudar as palavras, mas não deixar em evidência o sujeito da frase, já que dessa forma não se utiliza o masculino genérico e não ocorre a flexão de gênero. Porém, se necessário, acrescenta-se o E, U ou I ao fim de vogais temáticas.

Exemplo: Elus gostam de fruta, Aline é minhe amigue, todes estão presentes.

Outra forma de usar a linguagem neutra corretamente é sempre perguntar para as pessoas pelos pronomes que se identificam e como gostariam de ser chamadas, além de não utilizar adjetivos ou palavras que avalie os indivíduos com base em seu gênero.

Exemplo: Ele/dele, ele/dela, elu/delu

Gênero e sexo biológico

Sexo biológico é aquele diretamente relacionado à presença de um pênis ou uma vagina, logo no nascimento. Já gênero, erroneamente relacionado com o sexo biológico, é definido como construção sócio-cultural sobre o que se entende como pessoa e como expressa quem é, podendo ser feminino, masculino, não-binário.