Mais de 100 mil vagas temporárias de emprego devem ser abertas até o fim do ano
Os setores varejista e de serviços já vêm se preparando para o período que promete aquecer o comércio
A três meses para as comemorações de fim de ano, os setores varejista e de serviços já vêm se preparando para um dos períodos que mais promete aquecer o comércio com a contratação de novos profissionais.
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em todas as regiões do país, estima que aproximadamente 103 mil vagas serão abertas até dezembro — um aumento de 43,8 mil postos de trabalho em relação ao previsto ano passado.
Aumento das contratações
O levantamento aponta um aumento de 17% para 23% no percentual dos que contrataram ou devem contratar ao menos um novo colaborador.
A pesquisa também mostra que a maior parte (48%) dos empresários consultados deve contratar mais este ano do que no ano passado, enquanto 37% planejam abrir o mesmo número de vagas. Apenas 9% pretendem contratar menos funcionários.
Ampliação do quadro de funcionários
41% acreditam que a perspectiva de retomada da economia deve refletir no aumento das vendas. Para 39%, a intenção é suprir a demanda para vender mais e 17% acreditam ser necessário investir na qualidade do atendimento.
Mesmo número de colaboradores contratados ou menos
48% explicam que a equipe atual atende aos clientes de forma satisfatória. Outros 21% alegaram insegurança pela retração das vendas e resultados negativos em outras datas comemorativas, enquanto 13% disseram ter dificuldade em encontrar mão de obra qualificada.
Além disso, 47% dos empresários disseram estar se preparando ou pretendem se preparar para as vendas de Natal. E pretendem adotar estratégias como:
- ampliação do estoque (43%),
- investimento na divulgação da empresa (42%),
- aumento da variedade de produtos ou serviços (30%)
- contratação de mais funcionários para atender à demanda (15%).
Já contrataram ou irão contratar
Dentre os empresários que já contrataram ou que irão contratar neste fim de ano, 52% empregarão temporários, 49% abrirão vagas informais e 45% formais, ou seja, com carteira assinada.
Terceirizados
Há ainda 28% de casos em que a contratação será terceirizada. A maioria (54%) justifica se tratar de uma contratação específica para o período de Natal, sendo inviável a carteira assinada. No entanto, 29% acreditam que dessa forma reduzirão custos, uma vez que em tempos de crise, as pessoas estão mais dispostas a fazer bicos. Outros 12% terão menos despesas com a folha de pagamento.
Para as posições temporárias, a média de contratação deve ficar entre um e dois profissionais.
Remuneração
A remuneração média dos profissionais corresponde a 1,6 salário mínimo, ou aproximadamente R$ 1.597. Entre as funções mais procuradas estão as de:
- ajudante (31%),
- vendedor (26%),
- balconistas ou atendente de loja (9%),
- motorista (6%),
- caixa (4%)
- estoquista (4%)
Gênero
Na comparação entre gêneros, nota-se uma pequena diferença: 35% dos empresários do varejo devem optar por homens, enquanto 28% por mulheres e 37% mostram-se indiferentes com relação a isso. Quanto à faixa etária, os colaboradores novos devem ter uma média de 28 anos.
Além disso, a maioria espera que o profissional tenha o ensino médio completo (39%). Em relação às competências profissionais, mais da metade (56%) dos empresários pede experiência anterior na área. Outros 18% dão preferência a quem tenha feito algum curso técnico na área.
Quando devem contratar?!
As contratações devem se concentrar em novembro (29%), enquanto 23% reforçarão seus quadros no mês de outubro. Já 14% deixarão para abrir vagas em dezembro.
De acordo com a pesquisa, seis em cada dez empresários (58%) do varejo apostam que os resultados de 2019 prometem superar os do ano passado. Para 26%, o desempenho será igual e apenas 9% acreditam em números piores. A expectativa é de um crescimento médio de 17% nas vendas neste fim de ano. Em 2018, esse número era de 8%.