20 mil vagas precisam ser preenchidas nos Correios, diz categoria
De acordo com o presidente Sintect-MA, Márcio Martins, existe um déficit de mais de 20 mil vagas que não estão preenchidas, o que ocasiona a queda na qualidade do serviço prestado
A breve paralisação dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que teve início nesta segunda-feira, 12, e foi suspensa no dia seguinte, teve como uma de suas motivações a falta de contingente para desempenhar funções básicas da companhia. O último concurso público realizado para os Correios ocorreu em 2011, e, desde então, a categoria reclama do sucateamento da empresa, cortes de direitos e constantes planos de demissões voluntárias.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Correios do Maranhão (Sintect), Márcio Martins, existe um déficit de mais de 20 mil vagas que não estão preenchidas, o que ocasiona a queda na qualidade do serviço prestado. “Não estão fazendo concurso público, e isso é inadmissível. As pessoas não estão recebendo as cargas e encomendas, reclamam dos serviço dos correios, mas infelizmente o carteiro que hoje está trabalhando faz o serviço de três, quatro carteiros. Cada carteiro trabalha em uma área, e hoje ele está trabalhando em três, quatro áreas diferentes, e alternadas”, explica.
“A gente tem uma jornada que é estressante, desgastante, mas tenta atender o público da melhor forma possível […] Hoje a gente tá fazendo um rodízio, um dia a gente tá num distrito, outro dia está no outro, e quando volta pro nosso distrito tá acumulado novamente“, explica a carteira Patrícia Sousa, que atua na área há cinco anos.
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Último concurso foi em 2011
O último certame realizado para preenchimento de vagas nos Correios foi realizado em 2011. Na ocasião, foram abertas 9.190 vagas, entre carteiro, atendente, operador de triagem e transbordo, analista de correios, médico do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho, técnico em segurança do trabalho, analista de saúde, engenheiro de segurança do trabalho e enfermeiro do trabalho.
Os salários variaram entre R$ 1.003,57 e R$ 3.211,58, sem incluir os benefícios oferecidos pela instituição, e contemplaram todos os estados brasileiros. As provas foram compostas por 120 questões objetivas, e o certame organizado pelo Cespe/UnB.
Os Correios não deram previsão para realização de novo concurso público.