BASTIDORES

Togados e democráticos

A pergunta que circulou fortemente nas redes sociais é: vai haver tréplica às manifestações de ontem em defesa da educação, promovida pela União Nacional dos Estudantes (UNE), entidades de professores universitários e sindicatos? A indagação tem sentido, porque as manifestações do dia 12 de maio contra a Reforma da Previdência foram confrontadas com as de […]

A pergunta que circulou fortemente nas redes sociais é: vai haver tréplica às manifestações de ontem em defesa da educação, promovida pela União Nacional dos Estudantes (UNE), entidades de professores universitários e sindicatos? A indagação tem sentido, porque as manifestações do dia 12 de maio contra a Reforma da Previdência foram confrontadas com as de domingo passado, em apoio ao governo Jair Bolsonaro.

Ontem, até a Associação de Juízes para a Democracia (AJD) divulgou nota em apoio às manifestações em dezenas de capitais e outras cidades. “Ao tempo que tramita junto ao Congresso Nacional uma proposta de reforma da Previdência, que atinge a população economicamente mais vulnerável e fixa as bases para o fim do sistema solidário de previdência pública, outros direitos sociais são sistematicamente golpeados, como no caso da educação”, diz a nota dos magistrados.

O texto classifica de “falacioso” o argumento do “combate à ideologia e da ‘balbúrdia’ nas instituições federais de ensino”. E alega que o contingenciamento de 30% das verbas destinadas às universidades públicas federais “ameaça o funcionamento das instituições, melhores centros de ensino, pesquisa e extensão do país”. Quando se poda o direito da Universidade de pensar, pesquisar e falar, torna-se o Brasil um país muito menor, inexpressivo e raquítico em saber, apesar de sua importância no mundo.

O documento da AJD, no contexto, até parece de partido de oposição. Mas é de juízes de direito comprometidos com a democracia. “Neste cenário em resposta ao avanço da agenda de destruição de direitos sociais executada pelo presidente Jair Bolsonaro, movimentos sociais, sindicatos, trabalhadoras, trabalhadores, estudantes e setores progressistas mobilizam-se para a realização de greve geral no dia 30 de maio. É das ruas que brotará a resistência”, diz a associação dos togados.

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