Um ano sem solavancos

Terminou ontem o ano legislativo do Maranhão com a aprovação do orçamento do governo, no valor de R$ 19,9 bilhões, e a já clássica “limpeza” da pauta. As matérias mais importantes foram votadas até o encerramento da última sessão, carregada de alguns momentos de discussão, mas nada que extrapolasse o rito democrático do parlamento. Pode-se […]

Terminou ontem o ano legislativo do Maranhão com a aprovação do orçamento do governo, no valor de R$ 19,9 bilhões, e a já clássica “limpeza” da pauta. As matérias mais importantes foram votadas até o encerramento da última sessão, carregada de alguns momentos de discussão, mas nada que extrapolasse o rito democrático do parlamento. Pode-se dizer que, no pior ano da crise que se arrasta desde 2015, após o segundo mandato de Dilma Rousseff, tanto o
Congresso Nacional, quanto as casas legislativas, passaram por um período pobre em produção e rico em confusão.

No Maranhão, os deputados (nem todos, obviamente) se preocuparam mais em atender suas bases eleitorais, fazer discursos para a TV Assembleia e tentar garantir espaços nos latifúndios políticos. Quanto à produção de leis sobre temas fundamentais para a representação legislativa, não foi das melhores. O governo Flávio Dino, com uma base
sólida no parlamento, acabou legislando mais do que os próprios deputados. A oposição fez a política da denúncia fácil, muitas delas vazias, mas cumprindo seu papel. A liderança incontestável do presidente Humberto Coutinho, hoje em situação crítica de saúde, contou muito na aprovação de tudo que o governo mandou.

Uma boa nova foi o orçamento de 2018. Mesmo com receitas federais minguantes em razão da crise, num ambiente político e economicamente conturbado, conseguiu ser maior em 10% na comparação com 2017. Mesmo com a oposição, como o deputado Adriano Sarney, criticando duramente a distribuição dos recursos, com escassez em áreas fundamentais como a de cultura, no entanto, o próprio governo, se assim desejar, pode fazer o contingenciamento
de verbas conforme as necessidades de cada área.

De qualquer forma, o ano de 2017, politicamente, só vai acabar no dia 2 de outubro de 2018, após a contagem dos votos da eleição. É um ano determinante para a história do Maranhão e a vida da população. Manter o governo Flávio Dino, do PCdoB, ou qualquer outro – principalmente se for Roseana Sarney. Ela, pelo tempo que já governou o Maranhão, quase 14 anos, já não trará novidade alguma. Muito pelo contrário. Será retroceder na história. Quanto a Flávio Dino, terá os nove meses de 2018 para consolidar o mandato e provar que, ao derrotar o sarneísmo em 2014, merecerá mais quatro anos no cargo. A história vai destrinchar isso. Mas é premente que ele se antecipe aos historiadores.

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