Um ano para esquecer

Não é um bordão futebolístico. É decisão do Supremo Tribunal Federal que definiu, finalmente, como se dará o processo de impeachment. O jogo, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deu pontapé inicial, agora, está zerado. Como tudo só vai recomeçar em fevereiro, depois do carnaval, o país tem que se mexer no rumo de […]

Não é um bordão futebolístico. É decisão do Supremo Tribunal Federal que definiu, finalmente, como se dará o processo de impeachment. O jogo, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deu pontapé inicial, agora, está zerado. Como tudo só vai recomeçar em fevereiro, depois do carnaval, o país tem que se mexer no rumo de uma saída para seus graves problemas imediatos. Como a crise política arrasta a crise econômica, é desejável que os políticos olhem para o Brasil num gesto de grandeza e maturidade democrática.

Dilma imobilizada
Com a economia sendo corroída pela crise política e seus desdobramentos na Operação Lava-Jato, tudo que os brasileiros querem em 2016 é esquecer o ano perdido de 2015 e buscar alternativas. A política desandou, na disputa pelo poder, e a presidente da República, Dilma Rousseff, ficou imobilizada pelos fatos que tornaram o Brasil uma nave perdida no espaço sideral. Até a produção do Congresso deixou a desejar, porque só teve espaço para debater a encrenca do impeachment.

Executivo que legislou
Pesquisa do Departamento Intersindical e Assessoria Parlamentar (Diap) diz que o Poder Executivo acabou legislando mais do que os senadores e deputados federais. O governo Dilma emplacou 45 proposições, todas transformadas em leis (27 medidas provisórias, 11 projetos de lei e sete matérias orçamentárias). A Câmara só fez 41 leis e o Senado, 29. Poder Judiciário teve oito leis aprovadas, e Ministério Público da União, apenas uma.

No Maranhão…
Na Assembleia Legislativa do Maranhão, com seu plenário renovado em 51% na eleição passada, em 2015 a produção também foi aquém do desejável. O governo Flávio Dino, em seu primeiro ano de gestão, emplacou 25 projetos transformados em lei, apenas na última semana desse período legislativo. Alguns deputados novatos se destacaram mais como oradores diante das câmeras da TV Assembleia do que com projetos de interesse do cidadão. Um ano, portanto, foi tempo suficiente para o aprendizado dos estreantes.

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