Temer é candidato?

A sucessão presidencial de 2018 continua rendendo fatos, enfartos e enfados. O presidente Michel Temer (77) teve três artérias do coração entupidas e foi preciso desobstruí-las com stents e angioplastia. Mesmo assim pensa em concorrer. O apresentador global Luciano Huck desistiu do projeto de concorrer à sucessão de Temer, antes de se filiar a um […]

A sucessão presidencial de 2018 continua rendendo fatos, enfartos e enfados. O presidente Michel Temer (77) teve três artérias do coração entupidas e foi preciso desobstruí-las com stents e angioplastia. Mesmo assim pensa em concorrer. O apresentador global Luciano Huck desistiu do projeto de concorrer à sucessão de Temer, antes de se filiar a um partido. A ex-senadora Marina Silva mostra-se macambúzia sobre
a eleição presidencial, que já disputou em 2014. Acha que o páreo está definido nos dois extremos ideológicos: Lula pela esquerda e Jair Bolsonaro na extrema direita.

O presidente Michel Temer saiu com Hospital Sírio-Libanês, ontem, com o coração em plena carga e com disposição para tocar a reforma da Previdência. Acredita que será nela que se firmará como o reformista e ganhará musculatura popular capaz de entrar firme na disputa da reeleição. Assim sendo, o pleito de 2018 está tão incerto, sem rumo e sem graça, quanto embaraçoso. Mesmo em marcha desengonçada, a peleja, contudo, aponta para alguma definição. Ao abortar a luta política, Huck passou o recado ao bloco anti-Lula que não é fácil hoje se construir candidatura “outsider”.

Ainda por cima, também o prefeito tucano de São Paulo, João Dória, queimou a largada e já vislumbra disputar a eleição de governador. Resta saber se a elite, apoiada pela Globo, que tinha em Huck o perfeito anti-Lula, vai apostar suas fichas em Bolsonaro, uma candidatura pra lá de temerária. E aí resta espaço para nomes que possam entrar na dança da sucessão, como Joaquim Barbosa, que, na espreita e como observador privilegiado, olha o cenário com indisfarçável interesse. Só lhe falta escolher o par, se na ala da direita, da esquerda, ou entra
sozinho trepidando pelo centro do salão.

A maior dificuldade de Lula, nesse ambiente conturbado, é chegar à eleição de outubro livre e ileso da ficha suja; unir o segmento da esquerda, com os partidos PT, PDT, PCdoB, PSB e PSOL falando a mesma língua. Hoje, essas legendas vão tentar traçar um rumo de olho no debate pela esquerda e outro na postura a ser tomada pelo PSDB na convenção do dia 11 de dezembro para desembarcar do governo Temer. Ou se fica na Esplanada, à espera de novos desdobramentos. Inclusive
se Marina Silva topa dançar com Lula, com Bolsonaro ou com Geraldo Alckmin.

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