O paradigma é outro
Se o Maranhão não sofresse da velha mesquinharia política que o tornou, ao longo dos últimos 60 anos, o estado mais pobre do Brasil, o levantamento realizado semestralmente pelo Portal G1, da Rede Globo, que aponta o governador Flávio Dino como o mais eficiente do Brasil, no cumprimento das metas de gestão, seria motivo de […]
Se o Maranhão não sofresse da velha mesquinharia política que o tornou, ao longo dos últimos 60 anos, o estado mais pobre do Brasil, o levantamento realizado semestralmente pelo Portal G1, da Rede Globo, que aponta o governador Flávio Dino como o mais eficiente do Brasil, no cumprimento das metas de gestão, seria motivo de aplausos. Afinal, o gestor que cumpre o seu dever é resultado da escolha pelo voto. Encontrar algum no país não é fácil. No Maranhão, nem se fala. Basta olhar o passado que encalacrou o estado na humilhante posição de portador da maior epidemia de pobreza entre as 27 unidades federadas.
Ao invés de se apoiar a administração que desponta no âmbito nacional como a que cumpriu mais do que todos os governadores, o plano que a população aprovou nas urnas, o que se vê é uma campanha para desmoralizar o levantamento do G1. Dá até para imaginar que, se Flávio Dino aparecesse como o pior governador do Brasil no estado mais pobre do Brasil, seria festejado pelas mídias a serviço de um lado político. Essas mesmas mídias que ignoraram e ignoram as mazelas na gestão pública, responsáveis pela situação atual do Maranhão.
Flávio Dino é xingado dia e noite de “comunista”, pelos adversários que derrotou em 2014 pelo voto popular e democrático. É como se a filiação ao PCdoB fosse uma tragédia social. Como se o Maranhão de 2018 não fosse igual ao de 1965, quando Sarney assumiu o governo, em proporção de desigualdade, de pobreza e outros indicadores. Se o Maranhão fosse tão comunista quanto a China, por exemplo, não estaria se arrastando na miséria social, atrás do Piauí e demais estados do Nordeste.
A China comunista tem a maior população do planeta (1,3 bilhão de pessoas), porém, em 25 anos, conseguiu realizar reformas, investir em infraestrutura e tecnologia, deixando para trás países como Reino Unido, França, Alemanha e Japão. Hoje, com taxas de crescimento ao redor de dois dígitos, a China se prepara para ser a maior potência econômica e tecnológica do mundo. Já o Maranhão, em 50 anos de sarneísmo, continua tão pobre, desigual e com carências condenadas em 1965 por José Sarney. Algumas até agravadas. Cadê a educação de qualidade, os investimentos em geração de emprego? A agricultura que alimenta gente? A escola decente? A indústria que produz bens? Então, o Maranhão não precisa de oligarquia. Precisa de gestor que respeite o povo e aplique corretamente o dinheiro público.