O murismo de Alckmin
Por todo este mês, antes de chegar 2018, o tucano Geraldo Alckmin deve desembarcar em São Luís em sua pré campanha presidencial. Já tendo descolado do muro que os tucanos adoram escalar, o governador de São Paulo por três vezes já se exercita para levantar o voo rumo ao Planalto Central. No Maranhão, estado que […]
Por todo este mês, antes de chegar 2018, o tucano Geraldo Alckmin deve desembarcar em São Luís em sua pré campanha presidencial. Já tendo descolado do muro que os tucanos adoram escalar, o governador de São Paulo por três vezes já se exercita para levantar o voo rumo ao Planalto Central. No Maranhão, estado que deu a menor votação ao
candidato Aécio Neves em 2014, vai ser ciceroneado pelo senador Roberto Rocha, que ajudou a desmanchar o diretório regional, mas tem a garantia de que nele permanecerá depois de reconstruído na convenção estadual em breve.
O tucanismo no Maranhão virou uma paródia política em 2014. Fechou coligação com Flávio Dino, do PCdoB, em troca da cadeira de vice-governador para o presidente regional Carlos Brandão. Mesmo tendo Aécio Neves como presidenciável, que cantou a pedra da vitória antes das urnas fecharem o boletim final. E aí começou a tormenta de
Dilma Rousseff, no Maranhão apoiada por Flávio Dino, onde obteve a segunda maior votação. Aquilo foi uma atitude atípica ao comportamento murista dos tucanos.
Bem que Roseana Sarney gostaria de hoje oferecer o palanque a Alckmin. Mas a estas alturas vai ter que se contentar com o pesado Michel Temer, que já pensa e trabalha para concorrer à própria sucessão. Ou então entregar a missão a seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o nome que pode ganhar fôlego na elite, depois que Luciano Huck, produto global, pulou fora da encrenca antes mesmo de entrar.
Com níveis de aprovação em torno de 5%, Temer não deixa de ser uma opção temerária para seu partido em todo o país. Mas ele é teimoso e não tem medo de perder. Se aprovar a reforma da Previdência, sairá do processo, mais uma vez, serelepe e cantando de vencedor. O difícil é Temer “vender” as reformas e as privatizações para o eleitorado, diante de suas organizações sociais e sindicais rangendo os dentes em mobilizações de rua.