Jiló no pirão sarneísta
O PT maranhense passou de uma mistura indigesta de chuchu com jiló a pirão de parida, que não dá má digestão e enche a pança. O partido de Lula e Dilma está no meio do chafurdo político que virou a disputa do governo do Maranhão, convenientemente dividido entre Flávio Dino e grupo do ex-presidente e […]
O PT maranhense passou de uma mistura indigesta de chuchu com jiló a pirão de parida, que não dá má digestão e enche a pança. O partido de Lula e Dilma está no meio do chafurdo político que virou a disputa do governo do Maranhão, convenientemente dividido entre Flávio Dino e grupo do ex-presidente e conselheiro informal do Planalto, José
Sarney, comandado de perto pela ex-governadora Roseana.
Em 2010, o diretório nacional do PT resolveu entrar de sola no estadual maranhense em troca da vaga de vice-governador, para o sindicalista Washington Oliveira. Era só o que faltava na política maranhense. O PT, finalmente, também “roseanou”. Uma parte, porém, preferiu apoiar Jackson Lago, que perdeu feio, depois de ter sido cassado por Roseana
um ano e meio antes. Em 2014, com Flávio Dino no páreo e considerado imbatível desde o começou, assim mesmo o PT fechou aliança com o PMDB, de Edinho Lobão candidato.
A corrente petista Construindo um Novo Brasil (CND) oficializou o apoio do partido à campanha peemedebista, enquanto Flávio Dino ficou apenas com a corrente petista mais à esquerda ideológica, com Márcio Jardim e Francisco Gonçalves e outros. Agora, o PT está de novo
na corda bamba do Maranhão. Se Lula for candidato, terá como adversária Manuela D’Ávila, do PCdoB, o que na prática inviabiliza aliança do PT com Flávio Dino, mesmo sendo ele contra a candidatura própria de seu partido.
Dá para se concluir que a salada de chuchu com jiló pode acabar sendo temperada ao gosto sarneísta, pelo velho chefe do grupo oligarca que, como ninguém, sabe mexer a gastronomia política maranhense. O PT não tem candidato potencial a qualquer cargo majoritário, a não ser o de vice, como já foi de Roseana. E Washington Oliveira, que havia perdido qualquer influência no PT estadual, hoje, mesmo como conselheiro vitalício do Tribunal de Contas do Maranhão, volta
a ser ouvido pelos companheiros da CND, que andam grunhindo
que nem caititu acuado, contra Flávio Dino.