Enrolados, nem tanto

Os políticos de mandatos no Legislativo estão de férias,assim como magistrados dos tribunais superiores. Do dia 22 de julho a 7 de agosto, ocorrerão as convenções partidárias para definir candidatos e    coligações desde a disputa presidencial a deputado estadual. A única regra importante a prevalecer em 2018, em relação às eleições anteriores, é a proporcionalidade […]

Os políticos de mandatos no Legislativo estão de férias,assim como magistrados dos tribunais superiores. Do dia 22 de julho a 7 de agosto, ocorrerão as convenções partidárias para definir candidatos e    coligações desde a disputa presidencial a deputado estadual. A única regra importante a prevalecer em 2018, em relação às eleições anteriores, é a proporcionalidade nos votos para deputado. No resto, os candidatos e partidos estão enfrentando o desafio da reforma política, que desmantelou muitas práticas já consagradas no passado, como o caixa dois e o financiamento empresarial.

Para o eleitor, a maior novidade em 2018 é o número robusto de deputados e outros políticos envolvidos em improbidade,corrupção, lavagem de dinheiro, propina e outras traquinagens. Mesmo assim, é um desafio saber quem praticou crimes e quem é totalmente ficha limpa. Um dado chama a atenção, no âmbito da Câmara dos Deputados. Desde 1988,apenas 26% dos processos de cassação de mandato de deputados motivaram algum tipo de punição no Conselho de Ética.
Levantamento da Folha de S. Paulo mostra que no período de 30 anos – desde a Constituição Federal –, das 132 representações pedindo a cassação ou outras penalidades, pouca coisa chegou a tais conclusões. Desse total, apenas 31 levaram à perda do mandato e duas suspensões do exercício do cargo. Outras duas motivaram censura por escrito. Atualmente, quatro representações esperam decisão no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar,da Câmara, contra Paulo Maluf (PP), em prisão domiciliar; Nelson Meurer (PP), Lúcio Vieira Lima (MDB) e Laerte Bessa (PR).

Na semana passada, o conselho arquivou os processos contra os deputados Celso Jacob (MDB) e João Rodrigues (PSD). Eles ainda contam com o fator atenuante. O período eleitoral, que atrasa os trabalhos parlamentares, e a proximidade do fim da atual legislatura. Portanto, são grandes as chances de que os casos sejam definitivamente
arquivados. E o eleitor, nem sempre atualizado sobre o que se passa na vida de seus representantes, acaba repetindo o voto, dando aos denunciados por crime a chance de continuarem
no Congresso aprontando todo tipo de diabruras em nome do povo.

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