Caminho de pedras

Desde quando o então governador José Reinaldo Tavares, da fina nata do sarneísmo, migrou em 2002 para a oposição às suas origens políticas, que sua carreira política vem sendo uma sequência de alto e baixos. Se elegeu em 2014 deputado federal, depois de curtir uma temporada de oito anos sem mandato. Mas, agora, ele voltou […]

Desde quando o então governador José Reinaldo Tavares, da fina nata do sarneísmo, migrou em 2002 para a oposição às suas origens políticas, que sua carreira política vem sendo uma sequência de alto e baixos. Se elegeu em 2014 deputado federal, depois de curtir uma temporada de oito anos sem mandato. Mas, agora, ele voltou a viver uma nova etapa de sobressaltos e incerteza política que nem ele mesmo
sabe hoje qual mandato eletivo disputará em outubro.

Enquanto permaneceu no PSB, José Reinaldo articulou a ida de Flávio Dino, em 2006, para a carreira política, no período em que apoiava a campanha vitoriosa de Jackson Lago contra Roseana Sarney, de quem foi vice duas eleições anteriores. Enquanto apoiava a campanha vitoriosa de Jackson Lago, José Reinaldo dava asas a Flávio Dino, que acabara de abandonar a toga de juiz federal para disputar, com sucesso, a eleição de deputado federal.

Passaram-se 12 anos – nem parece que já foi tanto tempo – e José Reinaldo hoje, como deputado federal e com 79 anos de idade, está num caminho cheio de pedras, tentando trocar sua cadeira na Câmara por uma no Senado Federal. Encontrou o primeiro grande obstáculo na relação com o governador Flávio Dino. Em 2016, ele tinha compromisso de votar contra a admissão do impeachment de Dilma Rousseff, mas, naquela sessão de horror, ele pediu desculpas ao amigo Flávio Dino e votou pela admissão do processo, na Câmara, sob o comando de Eduardo Cunha.

Daquele dia até hoje, José Reinaldo nunca mais foi o mesmo político. Passou a apoiar Michel Temer, foi com ele para a China como único deputado maranhense, numa demonstração do Planalto a Flávio Dino, de que seu aliado não era mais o mesmo. As relações dele com o governador Acabaram virando pó. Seu projeto de ser senador saiu
das prioridades de Dino. Coube ao próprio deputado anunciar o rompimento, enquanto via a direção estadual do PSB trancar-lhe a porta e entrar firme na coligação com Flávio Dino. O jeito foi José Reinaldo ingressar no PSDB de Roberto Rocha, com quem nunca teve boas relações. Passou, então, a apoiar a “candidatura” de Eduardo Braide (PMN), que nem ele nunca acreditou. Agora, ele e Rocha andam cada um para seu lado. Candidato tucano ao governo, Roberto Rocha manda recado: “A família 45 (número do PSDB) tem que andar junta. Ou não é família”.

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