A reforma caiu no poço

Não teve jeito. A reforma da Previdência ficou para 2018, em fevereiro, depois do carnaval. O governo e seus aliados no Congresso jogaram a tolha, ontem, depois de uma sessão prolongada do Congresso, que entrou pela madrugada, em que foi aprovado o Orçamento da União para 2018. Já a reforma da Previdência, que virou o […]

Não teve jeito. A reforma da Previdência ficou para 2018, em fevereiro, depois do carnaval. O governo e seus aliados no Congresso jogaram a tolha, ontem, depois de uma sessão prolongada do Congresso, que entrou pela madrugada, em que foi aprovado o Orçamento da União para 2018. Já a reforma da Previdência, que virou o assunto principal do governo Temer, sobre o qual perdeu noites de sonos em sucessivos jantares, almoços e reuniões, perdeu a chance de aprovação na próxima
semana. Temer gastou saliva, dinheiro com emendas parlamentares e propaganda, mas de nada adiantou. Prevaleceu a máxima: “Contra os fatos não há argumentos”.

A agenda mais polêmica de todas do governo Temer nadou, nadou e caiu na praia. Foram negociações infindáveis, acordos e mais acordos, nomeações para cargos federais, além dos discursos de que a reforma da Previdência será a redenção do país. Depois de contagem e mais contagem de votos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que é a favor da matéria, para a qual o PSDB fechou questão com o DEM, informou que infelizmente não há como aprovar o texto em 2017. São necessários 308 votos.

Rodrigo Maia jogou a tolha. Ontem, ele caiu na real e decidiu marcar o debate da reforma da Previdência para 5 de fevereiro, e o início da votação para logo depois do carnaval, a partir do dia 19 do mesmo mês. Provou que o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB), estava certo, quando disse, anteontem, que não adiantava fazer ficção. Não havia jeito de aprovar o projeto. Maia disse que foram feitos alguns ajustes no relatório, lido ontem no plenário, já meio esvaziado. Segundo ele, houve “contaminação” do texto inicial e uma
“comunicação pouco efetiva”. Mas acredita que, até fevereiro, haverá todas as condições para colocar a proposta em pauta.

Segundo Rodrigo Maia, é possível aprovar a PEC em 2018, mesmo sendo ano eleitoral. Ele ressaltou que o governo ainda está contabilizando os votos, conversando com os líderes e que até fevereiro a proposta terá o apoio necessário. “Eu disse aqui nos últimos dias que, quando marcasse uma data, é porque nós teríamos os votos necessários”. Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que governo não está
aberto a novas negociações para a reforma da Previdência, apesar de sua votação ter sido adiada para fevereiro.

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