A ponte de Murad
O ex-deputado Ricardo Murad, que foi o homem forte nos dois últimos governos da cunhada Roseana Sarney, pretende, agora, ser o próprio chefe do governo. Será concorrente dela na disputa do Palácio dos Leões e de que mais aparecer. Com Murad, já são cinco concorrentes ao governo maranhense – Flávio Dino (PCdoB), Roseana Sarney (PMDB), […]
O ex-deputado Ricardo Murad, que foi o homem forte nos dois últimos governos da cunhada Roseana Sarney, pretende, agora, ser o próprio chefe do governo. Será concorrente dela na disputa do Palácio dos Leões e de que mais aparecer. Com Murad, já são cinco concorrentes ao governo maranhense – Flávio Dino (PCdoB), Roseana Sarney (PMDB),
Roberto Rocha (PSDB), Maura Jorge (Podemos) e Ricardo Murad (PRP). O partido que o abriga é tão nanico, que só conta com o deputado Max Barros na Assembleia Legislativa, pelo PMDB em 2014. Não tem nem tempo de TV e rádio.
Ricardo já saiu fazendo barulho. O que parecia no primeiro momento ser uma brotação de “laranja” da cunhada peemedebista, o representante do PRB já se lançou com um plano de características mirabolantes. Ele se propõe a fazer um desmonte na máquina do governo, reduzindo-a de 36 secretarias para apenas 10. Murad se compara a Juscelino Kubitschek, com seu famoso plano de metas, sustentado no slogan de fazer 40 anos em quatro. Mostrou o projeto de uma ponte, ligando o Itaqui ao Porto de Cujupe, com 15 quilômetros de extensão sobre a Baía de São Marcos – maior do que a Ponte Rio-Niterói, com 13,29km.
Mas a pergunta que o Maranhão quer saber é: ele, que já foi adversário implacável de Roseana Sarney no primeiro governo dela (1995/99), será novamente em 2018? E a candidatura de Murad vai tentar abrir espaço entre Roseana Sarney e Flávio Dino? E como ater-se ainda com Roberto
Rocha e Maura Jorge, esta, sarneísta desde criancinha? Seja como for, a disputa do governo maranhense começa tão embaralhada dos pés à cabeça, a caminho de uma guerra suja como nunca se viu no estado.