A guerra para o Senado

Qual o motivo da guerra declarada dentro dos partidos, dos grupos políticos do Maranhão e até em família pela eleição dos dois senadores? Além do poder de um senador da República, que a Constituição Federal o define como representante do estado, há também em volta do eleito um poderoso fardo recheado de dinheiro remuneratório, agregado […]

Qual o motivo da guerra declarada dentro dos partidos, dos grupos políticos do Maranhão e até em família pela eleição dos dois senadores? Além do poder de um senador da República, que a Constituição Federal o define como representante do estado, há também em volta do eleito um poderoso fardo recheado de dinheiro remuneratório, agregado
a uma penca de penduricalhos e mordomias extremadas. As disputadas duas vagas de senador do Maranhão já levantam faíscas tanto no grupo de Flávio Dino, quanto no Sarney, comandado por Roseana e seu pai.

Levantamento da ONG Transparência Brasil sobre os orçamentos da União revela que o Senado é a Casa Legislativa que tem o orçamento mais robusto por cada legislador: seus R$ 2,7 bilhões anuais correspondem a R$ 33,4 milhões para cada um dos 81 senadores. Na Câmara dos Deputados, a razão é de R$ 6,6 milhões para cada um dos 513 deputados federais, segundo a ONG. Dentre as assembleias  legislativas, o valor é bem menor.

Talvez nesses pequenos, mas importantes detalhes escondam a busca desesperada pelas vagas do Maranhão. No grupo Sarney, Roseana já definiu que terá o irmão Sarney Filho (PV) e o senador Edison Lobão como concorrentes. Na chapa de Flávio Dino, os candidatos são
Eliziane Gama (PPS) e Weverton Rocha (PDT). Um dado curioso, no entanto, chama atenção: desde a redemocratização do país, nenhum senador foi eleito pela oposição no Maranhão. Exceção de Roberto Rocha em 2014, porém, apoiado por Flávio Dino, previamente considerado eleito, que virou o jogo na última semana da campanha.

Agora, a disputa abre uma frente de luta no grupo de Roseana, que vê dificuldade real em eleger os dois senadores pela oposição – Edison Lobão e Sarney Filho. O que seria um fato inédito. Nesse caso, haveria prioridade na família Sarney. Obviamente é arregaçar as mangas por Sarney Filho. No grupo de Flávio Dino, não há briga entre Weverton e Eliziane. O que existe é esforço redobrado para arrebanharem
votos juntos, com o apoio total de Flávio Dino.

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